Alunas de Enfermagem da Uniara estudam o procedimento padrão de coleta de hemocultura
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Alunas de Enfermagem da Uniara estudam o procedimento padrão de coleta de hemocultura
O Trabalho foi desenvolvido durante estágio em uma unidade de Urgência e Emergência
13JUL2017| 16: Assessoria de imprensa da Uniara
As alunas do quarto ano do curso de Enfermagem da Universidade de Araraquara – Uniara, Graziela Cristina Antonio de Souza e Mariana Nazareth da Silva, desenvolveram o trabalho de intervenção “Procedimento Operacional Padrão de coleta de Hemocultura”, sob orientação da professora da graduação, Amanda dos Santos Oliveira.
Elas explicam que, durante o estágio em uma unidade de Urgência e Emergência da cidade, “foi observado que os enfermeiros utilizavam luvas estéreis para coletar amostras de Hemocultura – exame de sangue, laboratorial, que detecta a presença de microrganismos no sangue em casos de infecção -, e também realizavam a troca do par de luvas estéreis a cada amostra coletada ou tentativa de coleta”. Entendendo que a antissepsia adequada da pele é parte fundamental do processo e pode ser fator determinante para ocorrências de contaminação de uma hemocultura e que não se tem indicação do uso de luvas estéreis para coleta, tal ação divergia do que havíamos aprendido nas aulas, o que nos chamou a atenção e instigou à investigação”, relatam.
Segundo Graziela e Mariana, “identificamos que não estava disponível o Procedimento Operacional Padrão – POP para coleta de Hemocultura da instituição”. “Como não encontramos, procuramos junto ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – SCIH, onde obtivemos a resposta de que a unidade havia adotado um protocolo de outra instituição de excelência. Porém não atendia a realidade do serviço que utilizava frascos diferentes para as amostras, entre outros fatores, o que nos motivou a revisar o protocolo institucional e elaborar o POP”, comentam as alunas.
As estudantes ressaltam que “o POP é um documento que expressa o planejamento do trabalho, tendo como objetivo padronizar e minimizar a ocorrência de desvios na execução da atividade, garantindo, assim, que as ações sejam realizadas da mesma forma, independente do profissional executante ou de qualquer outro fator envolvido no trabalho”. “A sua elaboração, aplicação e utilização nos serviços de enfermagem permitem alcançar melhores resultados, qualificação dos profissionais, redução de riscos e aumento da segurança na assistência”, afirmam.
Como conclusão, elas contam que essa intervenção visou a “elaborar e implementar um POP que atendesse a realidade local, eficaz o suficiente para assegurar a qualidade das amostras, que esteja baseado evidências científicas atualizadas e que contribua para a redução de custos, uma vez que, ao seguir as evidências atuais, as luvas de procedimento estéreis deverão ser substituídas por não estéreis, sendo necessário apenas um par para múltiplas coletas sequenciais, o que acarretará um grande impacto no serviço local”. “Acrescenta-se a isso a adequação do volume de sangue necessário para amostra que foi definido e padronizado com esse trabalho”, completa.
Sobre a relevância social do tema, elas apontam que, “uma vez que a hemocultura é positiva para microrganismos patogênicos, é também um indicador laboratorial altamente específico de Infecção na Corrente Sanguínea, o que permite a identificação do agente microbiano e a seleção do antibiótico, que guiado pelo antibiograma, auxilia na terapia antimicrobiana específica e, quando aplicado precocemente, tem demonstrado redução significativa na mortalidade”.
“Portanto, é de extrema importância que certos requisitos sejam adotados por instituições de saúde e seguidos com rigor pela equipe assistencial, para que haja sucesso na coleta de hemoculturas, tais como: volume de sangue, materiais utilizados, horários, número total de frascos, assim como um documento que defina instruções específicas para o procedimento de coleta, contribuindo para que não haja interferências que possam modificar os resultados. E foi exatamente esse documento com a padronização do procedimento a maior contribuição do estudo, prezando pela fidedignidade dos resultados e segurança do paciente”, explicam.
Graziela e Mariana finalizam dizendo que “o protocolo, após revisado com o POP concluído, foi aprovado pela SCIH do hospital”.
Informações sobre o curso de Enfermagem da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 800 55 65 88.