Patrick de Paula nega ida a balada clandestina e critica hostilidade em cobranças
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Patrick de Paula nega ida a balada clandestina e critica hostilidade em cobranças
O jogador negou que tenha ido a um evento clandestino, afirmou que respeitou os protocolos sanitários e criticou os torcedores palmeirenses que o hostilizaram
Flagrado por torcedores da principal organizada do Palmeiras saindo de um local que funcionava clandestinamente no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, após o horário permitido, o meio-campista Patrick de Paula gravou um vídeo nesta segunda-feira para dar a sua versão da história. O jogador negou que tenha ido a um evento clandestino, afirmou que respeitou os protocolos sanitários e criticou os torcedores palmeirenses que o hostilizaram.
Patrick de Paula trocou a versão anteriormente divulgada pela sua assessoria de imprensa e contou que estava com a namorada e amigos no local, que, segundo ele, era um restaurante. A assessoria havia dito que o jogador “esteve em um bar com seus familiares” e que foi embora “pouco antes das 22h”.
“Falaram muitas coisas, que eu estava em balada clandestina na madrugada. Eu não estava em balada clandestina, estava em um restaurante com a minha namorada e com amigos”, disse o jogador. “Na hora de ir embora, fui pagar, o caixa estava muito cheio e preferi voltar para não ficar em aglomeração. Eu estava no protocolo, com máscara e usando álcool em gel, fazendo tudo certo”, argumentou.
O Estadão apurou que o vídeo não agradou a diretoria do Palmeiras. Nesta segunda, houve uma reunião entre o meio-campista e os dirigentes. O clube resolveu afastar o atleta e multá-lo em 40% de seu salário. Foi a segunda punição, uma vez que ele já havia sido advertido por ter entrado em campo contra o América-MG usando brinco e piercing na orelha, o que o fez ficar sete minutos do lado de fora do gramado no momento em que o time era pressionado pelo rival mineiro no Allianz Parque.
Na saída da casa noturna em São Paulo, o atleta foi abordado por torcedores da principal organizada do Palmeiras, que criou um mecanismo para receber denúncias e encontrar jogadores que furam os protocolos e frequentam estabelecimentos noturnos em meio à pandemia de covid-19. Lucas Lima foi o outro jogador do elenco flagrado em um bar clandestino. Patrick foi hostilizado e teve de sair protegido por um segurança do local.
“Esperei um pouco para esvaziar e eu poder sair. Quando eu saí tinha um grupo de pessoas que falou bastante coisa, que podia machucar familiares ou outras pessoas. Agradeço desde já aos seguranças puderam me dar todo apoio para eu sair dessa. Queria mandar um recado para todos que estavam lá. Não é assim que se resolvem as coisas. Não é na violência, eu sou muito contra a violência. Quero deixar bem claro que tudo se resolve na conversa”, salientou.
No comunicado divulgado mais cedo pela sua assessoria, Patrick se desculpou. “Ao verdadeiro torcedor palmeirense, fica meu pedido de desculpas, e a certeza de que sempre foi e será uma honra defender e respeitar esse manto que é minha segunda pele”. Ele reconheceu que estava fora do horário permitido para o funcionamento de bares e restaurantes em São Paulo. “Mesmo com os cuidados, fica aqui o aprendizado e o pedido de desculpas por estar fora de isolamento após o horário do Plano SP”.
Assim como Lucas Lima, Patrick de Paula não tem prazo para ser reintegrado ao elenco comandado por Abel Ferreira, que se chateou muito com o ocorrido. O jogador está afastado e passará por teste de covid-19.
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