Motorista envolvido em incêndio da estátua de Borba Gato se entrega à polícia
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Motorista envolvido em incêndio da estátua de Borba Gato se entrega à polícia
Oliveira teve a prisão preventiva (sem prazo) decretada pela juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli na última quinta (5)
O motorista Danilo Silva de Oliveira, 36, o Biu, apontado pela Polícia Civil de São Paulo como membro do grupo que ateou fogo na estátua do Borba Gato no mês passado, entregou-se na tarde desta segunda-feira (9) aos policiais do 11º DP (Santo Amaro).
Oliveira teve a prisão preventiva (sem prazo) decretada pela juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli na última quinta (5). A magistrada também mandou prender o motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, o Galo, e o motorista Thiago Vieira Zem, dono do veículo em que os pneus usados no incêndio foram transportados.
Galo está preso desde o último dia 28 de julho, quando se apresentou espontaneamente aos policiais. A prisão temporária dele, de cinco dias, foi convertida em preventiva no mesmo dia em que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) tinha determinado a soltura dele, por considerar ilegal o encarceramento temporário, por não ser imprescindível à investigação.
A prisão de Biu chegou a ser comunicada por policiais civis à reportagem no final da tarde de sexta-feira (6), mas ela acabou não se confirmando. A prisão era, na verdade, de Zem.
Conhecido como Biu, Oliveira estava entre os 12 corintianos presos na Bolívia em 2013 apontados como responsáveis pela morte de Kevin Espada, 14, torcedor do San José atingido no rosto por um sinalizador durante partida da Taça Libertadores de 2013. Ele ficou 106 dias preso.
A defesa do grupo entrou com um pedido de soltura de Galo, mas o pedido foi negado pelo desembargador Xisto Rangel. Para o magistrado, o direito de manifestação não justifica a depredação do patrimônio público e não é certo que o motoboy não fará novos ataques.
“Afinal, mais natural pensar o contrário, ou seja, que esteja apenas dizendo o necessário para ser solto e, assim, estimulado pela sensação de impunidade, voltar a promover suas manifestações”, afirma o magistrado.
Oliveira esteve no distrito policial no final do mês passado junto com Lima, quando prestou depoimento e terminou liberado na sequência. Foi indiciado e deve responder a processo judicial. Lima acabou preso, o que foi considerado ilegal por advogados ouvidos pela reportagem.
“O mandado de prisão preventiva tinha claramente os mesmos requisitos da temporária, que já tinha sido declarada ilegal pelo ministro Dantas”, diz Jacob Filho, advogado de Lima.
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