Coronavírus pode invadir testículos e causar inflamação, alerta estudo
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Coronavírus pode invadir testículos e causar inflamação, alerta estudo
O novo coronavírus SARS-CoV-2, por trás da Covid-19, provoca múltiplas lesões que podem levar à diminuição drástica de espermatozoides e consequentemente prejudicar a fertilidade masculina
Apesar da Covid-19 ser uma patologia de transmissão respiratória, que afeta sobretudo os pulmões, a doença também pode invadir as células dos testículos, provocando alterações hormonais e a inflamação do órgão – revela um estudo realizado por investigadores da Universidade de São Paulo (USP) publicado no Andrology e citado pela CNN.
De acordo com os cientistas, o SARS-CoV-2 é capaz de atacar todos os tipos de células dos testículos, causando lesões que por sua vez podem prejudicar a função hormonal e levar à infertilidade.
Os investigadores realizaram a autópsia dos tecidos testiculares de 11 doentes, entre os 32 e 88 anos, que morreram devido a complicações da Covid-19.
“Vimos por microscopia eletrônica que o coronavírus invadiu todas as células do testículo. O vírus está presente nas células que produzem espermatozoides, chamadas Sertoli, nas células que produzem testosterona, chamadas de Leydig, nos vasos sanguíneos e no arcabouço que dá suporte ao testículo”, elucida o pesquisador e médico andrologista Jorge Hallak, professor da Faculdade de Medicina e coordenador do Grupo de Estudos em Saúde do Homem do Instituto de Estudos Avançados da USP.
Segundo a CNN, as análises mostraram múltiplos danos, potencialmente devido a alterações inflamatórias, que diminuem a produção de espermatozoides e de hormônios.
Esta queda na atividade pode estar associada a lesões e formação de trombose, que reduzem a oxigenação dos tecidos de estruturas onde os espermatozoides são produzidos.
Em fevereiro deste ano, uma outra pesquisa também realizada pela Faculdade de Medicina da USP demonstrou que homens que sofreram de Covid podem apresentar variações nos resultados de exames hormonais e de fertilidade, mesmo meses após a recuperação.
| IDNews® |Via NMBR |Brasil|
