Polícia prende homem apontado como chefe do PCC e suspeito de tortura na cracolândia
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Em um dos casos, policiais conseguiram localizar um homem apontado como chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) suspeito de torturar um dependente químico na rua Helvétia. A vítima quebrou o braço e teve afundamento de crânio após sucessivas pauladas na cabeça.
Três ações da Polícia Civil na última resultaram na prisão de sete suspeitos apontados como fornecedores de drogas para a cracolândia, no centro de São Paulo.
Em um dos casos, policiais conseguiram localizar um homem apontado como chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) suspeito de torturar um dependente químico na rua Helvétia. A vítima quebrou o braço e teve afundamento de crânio após sucessivas pauladas na cabeça.
A mais recente das prisões aconteceu na manhã desta sexta-feira (11). Um homem foi preso e uma adolescente apreendida em um imóvel em Guarulhos, na Grande São Paulo. A Polícia Civil informou que a dupla era responsável por abastecer traficantes da região central.
Segundo a polícia, eles foram detidos após trabalho de investigação e inteligência de agentes do 5° DP (Aclimação) e do 77° DP (Santa Cecília) no âmbito da Operação Caronte, que tem como objetivo prender traficantes que agem no fluxo, como é chamada a aglomeração de dependentes químicos.
Conforme a Polícia Civil, os agentes foram recebidos a tiros. Uma pistola foi apreendida com o homem preso. Durante a troca de tiros, o detido foi baleado na canela, segundo o delegado Roberto Monteiro, titular da 1ª Delegacia Seccional Centro.
Durante a busca, os investigadores encontraram no imóvel cocaína e crack. Até por volta das 18h, os policiais ainda pesavam as drogas apreendidas. Uma máquina usada para embalar os entorpecentes e um veículo também foram apreendidos.
Para os responsáveis pela investigação, as drogas seriam distribuídas no entorno da cracolândia.
Na quarta-feira (9), após dois meses de investigação, policiais civis localizaram um entreposto de comércio de crack na praça Marechal Deodoro, em Santa Cecília. O ponto fica a poucos metros da Helvétia e do 77° Distrito Policial.
Conforme a investigação, as drogas ficavam escondidas dentro de barracas de camping, usualmente utilizadas como moradia por sem-teto, e dentro de uma caixa de luz e telefonia na calçada, onde uma grande pedra de crack foi localizada. Dentro de uma das barracas, os policiais encontraram balanças de precisão e quatro celulares.
Cinco homens foram presos. De acordo com a Polícia Civil, um dos presos, identificado como Lucivaldo Pereira Santos, conhecido como Bahia, atuava como “disciplina”, denominação dada aos membros do PCC responsáveis por impor as ordens da facção criminosa.
“Além de disciplina, ele era executor de decisões do tribunal do crime. Ele torturou um dependente químico que pegou droga para revender e não pagou”, disse para a reportagem o delegado Roberto Monteiro. A vítima, que foi conduzida para a Santa Casa de Misericórdia, está sob proteção da Justiça.
Os agentes fizeram campana por dois meses na tentativa de pegar Bahia, que possui mandado de prisão preventiva expedida pelos crimes de tráfico e tortura. Foi em uma das ações que a polícia deteve o médico e palhaço Flávio Falcone, em 1° de setembro, durante uma apresentação para usuários de drogas sob o projeto Teto, Trampo e Tratamento, com foco na redução de danos.
Os nomes dos responsáveis pela defesa de Santos não foram divulgados.
Além das pedras de crack, um dos presos apresentou uma sacola contendo 105 pinos preenchidos com cocaína. Foram ainda apreendidos dinheiro, facas e um celular roubado.
Ainda na quarta-feira, a polícia prendeu uma mulher suspeita de realizar o transporte de drogas na região.
Conforme o apurado, ela era responsável por fornecer drogas para os fluxos localizados nas ruas Vitória e Triunfo, na Santa Ifigênia. Após a abordagem, policiais encontraram uma bolsa, onde estavam dois pedaços de substância aparentando ser crack.
Em depoimento, ainda de acordo com os policiais, a mulher admitiu que as substâncias eram crack e que realizava o transporte por R$ 700.
|IDNews® | Folhapress | Via NBR | Brasil