Biblioteca Mário de Andrade inaugura mostra sobre Lívio Abramo
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Biblioteca Mário de Andrade inaugura mostra sobre Lívio Abramo
Nascido em Araraquara, em 1903, o artista foi influenciado pela fase antropofágica de Tarsila do Amaral.
05DEZ2016| 16:04
José Angelo Santili
No próximo dia 7 de dezembro, às 19 horas, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo (SP), será inaugurada a exposição “Livio Abramo: insurgência e lirismo”. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, diretor Cultural do Museu de Arte do Rio, a mostra reúne 120 obras que permeiam o engajamento do artista com questões políticas, sociais e com o movimento modernista. O evento tem encerramento previsto para 16 de março de 2017.
Em quase 70 anos de produção, Livio Abramo (1903-1992) produziu gravuras como sua principal forma de expressão. Herkenhoff procurou reuní-las, junto com aquarelas, grafites e nanquins, além de matrizes em madeira, linóleo, clichês de metal, croquis, estudos e provas do artista.
No evento também será exibido o documentário “Livio Abramo: o profundo mistério dos horizontes inacabados,” com 11 minutos de duração. O filme é uma produção do Instituto Livio Abramo (ILA). A mostra abrange, ainda, obras de artistas contemporâneos de Abramo, entre os quais, José Clemente Orozco, Louise Bourgeois, Rossini Perez, Lasar Segall e Kathe Kollwitz.
A exposição assinala o início das atividades do ILA com a organização e a digitalização do acervo da família pelo Programa Rumos do Itaú Cultural e propicia uma releitura de todo o conjunto da obra do artista, após uma década da última individual de Livio Abramo, realizada no Instituto Thomie Ohtake (SP).
Pelo olhar de Paulo Herkenhoff, essa nova exposição objetiva rever a trajetória, valorizando Livio Abramo não apenas como pioneiro da xilogravura no Brasil, mas como um artista vigoroso, que dialoga com os movimentos sociais e artísticos do século XX.
Ao lado de originais do acervo do ILA, a mostra inclui empréstimos de trabalhos de coleções de outras importantes instituições brasileiras, como o Museu de Arte do Rio (MAR), e a própria Biblioteca Mário de Andrade (BMA), assim como obras da Fundação Biblioteca Nacional.
O Centro de Documentação e Memória (Cedem), da Unesp, também colabora com a iniciativa. Por meio do Instituto Astrojildo Pereira, cujo acervo está depositado no Centro, foram cedidos exemplares do Jornal Spaghetto, onde Abramo publicava suas criações. Do Fundo Mário Pedrosa, sob custódia do CEDEM, foram emprestadas correspondências trocadas entre Abramo a Pedrosa nos anos 1940. Ambos eram amigos e tinham em comum a militância política e a paixão pela arte. Mário Pedrosa foi crítico de arte e diretor do Museu de Arte de São Paulo.
Sobre Lívio Abramo
Autodidata em gravura, Lívio Abramo também foi ilustrador, desenhista e militante político. Nascido em Araraquara, no interior paulista, em 1903, o artista foi influenciado pela fase antropofágica de Tarsila do Amaral. Premiado como o melhor gravador nacional na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953; deu aulas de xilogravura na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). Fundou, com Maria Bonomi, o Estúdio Gravura, em 1960, e foi convidado pelo Itamaraty a integrar, em 1962, uma missão cultural no Paraguai, onde fundou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico daquele país.
Sobre Paulo Herkenhoff
Teve contato com Lívio Abramo em Assunção, em 1968. No exercício do cargo de Diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas, promoveu uma homenagem a Lívio Abramo pelos seus 75 anos, ocasião em que reuniu xilogravadores de todo o Brasil.
Incluiu a obra de Lívio Abramo em diversas exposições e adquiriu as suas gravuras para o acervo do Museu de Arte do Rio (MAR), do qual foi Diretor Cultural. Dirigiu o Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro (2003-2006) e foi curador adjunto no departamento de pintura e escultura do Museu de Arte Moderna de Nova York – MoMA (1999-2002), curador geral da 24ª Bienal de São Paulo (1997 e 1999) e curador da Fundação Eva Klabin Rapaport.
Legenda: Obra “Operário e Máquinas”, de Livio Abramo
Assessoria de Comunicação do CEDEM, da Unesp, com informações da Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo