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Polícia diz que identificou 10 envolvidos em agressões a jornalistas em BH


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Ao menos dez suspeitos de ter participado das agressões a jornalistas foram identificadas, essas pessoas estão sendo investigadas por lesão corporal, roubo, associação criminosa, dano ao patrimônio e extravio de equipamento.


A Polícia Civil de Minas Gerais informou ter aberto quatro inquéritos para investigar as agressões a jornalistas por manifestantes golpistas que estavam em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, na avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, durante o desmonte de um acampamento bolsonarista no último dia 6.

Ao menos dez suspeitos de ter participado das agressões a jornalistas foram identificadas, essas pessoas estão sendo investigadas por lesão corporal, roubo, associação criminosa, dano ao patrimônio e extravio de equipamento.

Vítimas e testemunhas já foram ouvidas e os responsáveis serão interrogados mais à frente no inquérito. A Polícia Civil concedeu coletiva de imprensa neste sábado (14), informou que o balanço é parcial, e que mais pessoas ainda deverão identificadas. A corporação também disse que está atenta a possíveis envolvidos que tenham deixado a cidade ou até o país.

“Já temos vários atores apontados, ouvimos muitas pessoas, dentre vítimas e testemunhas. […] Nós temos muitas imagens que estão sendo analisadas pelas equipes técnicas. […] A gente solicita que, caso alguém tenha novas informações, nós estamos abertos. Qualquer nova informação vai facilitar bastante a conclusão das investigações. […] Nossa intenção é delimitar a ação de cada um dos suspeitos para que a gente possa comprovar o crime”, disse a delegada Cinara da Rocha e Santos Lima, que preside as investigações.

Os delegados também disseram que militares podem ser punidos administrativamente caso fique comprovada omissão durante os atos.

“Havendo indícios de omissão serão apuradas as questões administrativas. Se a omissão facilitou a agressão, as denúncias terão de ser apuradas, e, comprovadas, haverá punição”, explicou Cinara.

Na ocasião, a PM afirmou que não foi acionada por telefone para agir no momento em que profissionais de imprensa foram agredidos. Em nota, a corporação disse que quando ocorreram os ataques aos jornalistas, os agentes estavam em outros locais da capital.

Relembre as agressões:
No dia 6 de janeiro, enquanto a prefeitura de Belo Horizonte desmobilizava o acampamento golpista, jornalistas do jornal O Tempo foram atacados.

O desmonte aconteceu motivado por uma agressão anterior, no dia 5, a um fotógrafo do jornal Hoje em Dia que foi perseguido, arrastado pelo chão, e recebeu chutes e socos, além de ter equipamentos destruídos e roubados.

Em nota, a Sempre Editora, que publica O Tempo, disse repudiar “qualquer tipo de agressão aos profissionais de imprensa em quaisquer situações.” Já o diretor executivo do jornal Hoje em Dia, Rodrigo Cheiricatti, disse em nota que o veículo “repudia a agressão covarde praticada por um grupo de pessoas” contra um de seus repórteres fotográficos e que “não há justificativa nenhuma” para os atos.

A Prefeitura de Belo Horizonte disse que manifestantes golpistas em BH foram pagos e que havia pessoa armada. Conforme levantado pela inteligência da Guarda Municipal.
Empresários visitavam o acampamento todas as tardes e entregavam lanches e R$ 50 para que as pessoas permanecessem na manifestação.

À noite, uma pessoa armada fazia uma ronda pelo local e havia “um nível de organização” para os manifestantes não se identificarem com nomes reais. Eles tinham técnicas de autodefesa para eventuais abordagens policias, o que foi demonstrado na abordagem de hoje.

|IDNews® | Folhapress | Beto Fortunato |Via NBR | Brasil

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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