Projeto de lei propõe tombamento dos angicos pretos do Cemitério dos Britos
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Floresta forma cordão no entorno de todo o terreno do local
ARARAQUARA - No Cemitério dos Britos, no entanto, os angicos pretos formam uma floresta de cerca de mil unidades, compondo um cinturão em todo o entorno do terreno. Além disso, existe um núcleo mais denso de árvores logo na entrada do Cemitério, com aproximadamente 300 árvores.
A vereadora Fabi Virgílio (PT) e os vereadores Aluisio Boi (MDB) e Marcos Garrido (Patriota) apresentaram projeto de lei que propõe o tombamento provisório da floresta de angicos pretos, localizada em todo o entorno do Cemitério dos Britos, em Araraquara, como patrimônio ambiental natural da cidade. O Projeto de Lei nº 177/2023, protocolado em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, nasceu de uma proposta do coletivo que compõe a Frente Parlamentar de Direito à Cidade, da qual fazem parte os três parlamentares, com o objetivo de preservar este conglomerado único, uma vez que esta espécie típica do cerrado nasce espaçadamente em meio a outras espécies, nunca em grande volume acumulado.
No Cemitério dos Britos, no entanto, os angicos pretos formam uma floresta de cerca de mil unidades, compondo um cinturão em todo o entorno do terreno. Além disso, existe um núcleo mais denso de árvores logo na entrada do Cemitério, com aproximadamente 300 árvores.
“Esse aglomerado não natural nos faz acreditar que as árvores foram plantadas no local em grande quantidade propositalmente e há mais de cem anos, conforme observamos pela espessura dos caules”, explicam os vereadores.
Na justificativa da propositura, os parlamentares pontuam que os angicos são árvores importantes para a regulação do meio ambiente porque absorvem o impacto das águas das chuvas no solo; e que os angicos pretos são um dos tipos menos comuns de angicos e um dos mais resistentes ao apodrecimento, a pragas, alguns tipos de cupins, umidade e condições climáticas variadas.
Além disso, os angicos de forma geral são conhecidos por suas propriedades na medicina popular – sua casca e goma podem ser utilizadas em chás, infusões, na produção de xaropes ou ainda como óleo essencial no combate à tosse e outros problemas respiratórios, problemas no útero, batidas e contusões, reumatismo e desconfortos gastrointestinais.
“Por tudo isso e ainda por toda a particularidade desta floresta atípica, entendemos que a floresta de angicos de Araraquara precisa ser considerada um conjunto de bens naturais a ser conservado e protegido como patrimônio ambiental e natural do nosso município”, defendem.
O PL 177/2023 segue em tramitação na Câmara Municipal de Araraquara.
Com informações da assessoria de gabinete da vereadora Fabi Virgílio (PT)
| IDNews®| Brasil |Beto Fortunato |Via Assessoria de Imprensa | Câmara Municipal de Araraquara