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Abel vê ‘pior jogo em casa’, elogia o Botafogo e diz que o time ‘tem tudo para ser campeão’


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O técnico não jogou a toalha e mantém o objetivo inicial, que é conquistar o título novamente


O técnico Abel Ferreira concedeu uma longa coletiva de imprensa após a derrota para o Botafogo neste domingo (25). A equipe carioca lidera o Brasileirão com sete pontos de vantagem sobre o Grêmio, vice-líder, e oito a mais que o Palmeiras.

Apesar disso, o técnico não jogou a toalha e mantém o objetivo inicial, que é conquistar o título novamente.

Ele afirmou, ainda, que a partida contra o Botafogo foi a pior em eficiência no Allianz Parque.

“Não muda nosso planejamento. Vamos manter nosso processo. Não é pelas derrotas que mudamos nosso planejamento. Nosso adversário tem uma grande vantagem, está fora da Copa, e vamos continuar a fazer nosso trabalho e ganhar pontos nessa competição. Ainda estamos no início e temos aspirações nessa competição, de defender nosso título. (…) Em nível de eficácia, foi o nosso pior jogo em casa.”, disse o técnico palmeirense.

Confira outros trechos da coletiva

Eficiência

“Meus jogadores criaram oportunidades. Tivemos oportunidades claras. Estatísticas não contam para nada. Demos 16 chutes e os adversários? O adversário se defendeu bem. O Danilo passou a fazer linha de 5 e mesmo assim passamos a fazer. Parabéns ao nosso adversário. O futebol é isso mesmo. O que vale é eficiência. O centroavante deles chutou duas no gol e fez uma. Até a bola para sobrar para ele, a bola ainda passa por baixo do pé do Mayke.”

Futuro

“Precisamos fazer o que sempre fizemos. A única diferença é que temos que ser mais eficazes, ter oportunidades flagrantes e fazer gols. Esse jogo tem momentos. Isso faz diferença. Aqui no Brasil é muito giro porque uma equipe passa de 8 ou 80 muito rápido. Não tenho memória curta. Sei o que fazemos e o que temos a fazer. Os jogadores são os mesmos, têm muita qualidade. Não vamos ganhar sempre. É muito fácil de entender a intensidade dos nossos adversários quando enfrentam o Palmeiras e nosso adversário hoje foi melhor na eficiência. O que faz diferença é meter a bola lá dentro, não estatísticas. Ninguém lembra se teve sorte, se foi preciso sofrer. Nosso adversário tem tudo para ficar em primeiro e só tem que se preocupar com essa competição e nós estamos nas três.”

Jogo na Libertadores

“A vitória no próximo jogo pode nos dar vantagem no grupo e a classificação geral e essa é a nossa intenção. Passado um ano, perdemos em casa. Sabíamos que iríamos perder. Hoje não achei que merecêssemos. Não achei que esse foi o jogo que nosso adversário foi muito melhor. De fato, no próximo jogo temos essa oportunidade de voltar às vitórias e poder ser o primeiro no grupo e na classificação geral, sim. Esse é nosso objetivo.”

Endrick e Jhon Jhon

“Esses são nossos jogadores, não importa se têm 16 ou 17. Eles são jogadores do Palmeiras e são cobrados com todos os outros. São esses jogadores que nos fizeram estar um ano em casa sem perder, que nos fizeram ganhar dois títulos, que nos fizeram estar em boas competições na Libertadores e nos permitem continuar a lutar pela Copa. O clube não é de hoje. Tem um perfil, uma ideia. Ou vamos procurar jogadores que possam fazer a diferença ou vamos apostar nos nossos.”

Violência no futebol brasileiro

“Não é só um problema no futebol brasileiro. É uma questão muito profunda, com muito cuidado a falar. Com o tempo e as novas gerações bem educadas e bem formadas. É cumprir as regras, doa a quem doar. Eu devia ter 15 anos na violência do futebol inglês. Ela acabou. Quando o Liverpool ficou muito tempo fora da Champions League, ela acabou. Quando vocês olham para o futebol inglês, é em todos os níveis o melhor. Disciplina, regras, melhores árbitros, treinadores, jogadores. Mas passou por essa dificuldade. É uma questão muito profunda. Não é minha função. Existem pessoas no país para desempenhar essa função. É triste ver essa agressividade. O futebol serve para unir as pessoas, para unir os estratos sociais, os mais ricos e mais pobres. O futebol é mágico nisso. Isso é um problema da sociedade, muito profundo. Começa na forma que eu divulgo o produto, como o debate televisivo é feito, como falo para as câmeras, isso é muito profundo. Tem muito a ver com a educação. Não vai ser tão cedo que se resolverá isso. Tem que começar de algum lado. Quando temos cargos, temos que o exercer. Não podemos ter medo. Quando há regras, o treinador do Palmeiras tem que levar amarelo, o atacante do Botafogo que elevou o pé tem que levar amarelo.”

Planos de vida

“Eu gosto de ser capitão da minha alma e dono do meu destino. Também já disse e não quero falar em futuro, e quero falar do aqui e agora, por mais que seja duro. A derrota faz parte. Tenho um plano e vou fazê-lo. Ou me mandam embora, o comum no futebol, ou, quando chegarmos em 24, eu farei minha pausa merecida, porque meus pais merecem. É muito intenso. Muitos jogos. Vocês são exigentes. A imprensa é exigente, pesada, e que também é bom para nos fazer crescer. Sou um jovem. Sou muito de estar onde quero, onde sou feliz, onde as pessoas me respeitam. Não vou alterar aquilo que disse. Gosto muito desse clube, desses jogadores. Queria muito, ao final desse jogo, porque sei que tentaram. Queria ter dado um abraço no Veiga, porque sempre faz gols. Se eu pudesse, faria isso. Lhes daria um abraço de amor, carinho, afeto, porque sei o quanto se dedicam e trabalham. Não vamos ganhar sempre, mas vamos lutar para sempre. De resto, é viver um dia de cada vez. Faço aquilo que eu quero, se tiver que dizer não, é não, se tiver que dizer sim, é sim. Me movo por convicções. Vamos continuar juntos.”

|IDNews® | Folhapress | Beto Fortunato |Via NBR | Brasil

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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