Mais de 200 pessoas são presas em protestos contra Trump
Warning: Trying to access array offset on value of type bool in /usr/storage/domains/i/idnews.com.br/www/wp-content/plugins/wp-social-sharing/includes/class-public.php on line 81
Mais de 200 pessoas são presas em protestos contra Trump
Foram os maiores protestos desde a segunda posse de Richard Nixon, em 1973, quando milhares tomaram as ruas para se manifestar contra a Guerra do Vietnã
21JAN2017| 8.18 Folhapress
Protestos violentos contra Trump em Washington deixaram um saldo de 217 manifestantes presos e seis agentes levemente feridos, segundo ao departamento de polícia do Distrito de Colúmbia.
Foram os maiores protestos desde a segunda posse de Richard Nixon, em 1973, quando milhares tomaram as ruas para se manifestar contra a Guerra do Vietnã.
Os protestos começaram de manhã, no centro da cidade. A maioria deles transcorreu de forma pacífica, mas um grupo de manifestantes vestidos de preto, que se diziam anarquistas, quebraram vidraças de um café Starbucks, de uma lanchonete Au Bon Pain e janelas de carros. Os manifestantes jogaram pedras nos policiais, que reagiram com gás de pimenta. Dois agentes ficaram feridos e foram levados para um hospital.
Um protesto do grupo DisruptJ20, que partiu de forma pacífica ao meio dia da Union Station, em direção à praça McPherson, próxima à Casa branca, acabou em queima de latas de lixo, arremesso de pedras e pancadaria com a polícia, que deteve manifestantes e reagiu com gás de pimenta e bombas de efeito moral.
O movimento #DisruptJ20 (atrapalhe 20 de janeiro) foi convocado por meios de mídias sociais e se propunha a fazer “uma série de ações diretas para bloquear as cerimônias da posse e todas relacionadas a ela”. “Também queremos paralisar a própria cidade, usando bloqueios e protestos para parar o trânsito.”
Os manifestantes carregavam cartazes “Trump não é meu presidente”, “Contra o racismo”, “Imigrantes são bem-vindos”. Alguns usavam camiseta do movimento BlackLivesMatter, organização que denuncia a violência policial contra negros. Via-se um enorme elefante inflável (o animal é o símbolo do partido republicano) com a palavra racismo estampada. No congestionamento que se formou nas ruas vizinhas, motoristas fizeram um buzinaço em solidariedade.
Muitas mulheres que vieram para a Marcha das Mulheres, protesto contra Trump que ocorre no sábado (21), usavam os “pussy hats” (chapéus de xoxota). Trata-se de chapéus cor-de-rosa de tricô, de lã, com duas pontas na parte de cima. Foram parte de uma campanha para tricotar 1,17 milhão de chapéus cor de rosa e usá-los na marcha, e fazem referência ao vídeo em que Trump foi flagrado dizendo que poderia até “agarrar mulheres pela xoxota” se quisesse.
Nas posses de Barack Obama, em 2013 e 2009, houve um número insignificante de protestos. Na posse de George W. Bush em 2001, ocorreram alguns protestos espalhados pela cidade, mas nenhum dano significativo. Nesta sexta-feira (20), embora ainda não haja números sobre a quantidade de manifestantes, a polícia estimava que havia pelo menos 60 protestos.
Paralelamente, foi organizada uma marcha pela maconha, e 4.200 cigarros de maconha foram distribuídos. Para aqueles que conseguissem entrar no Mall com os cigarros, o plano era acendê-lo aos 4 minutos e 20 segundos do discurso de Trump.
Dierdre Price, 47, veio de Pittsburgh para participar do protesto durante a posse e da Marcha das Mulheres, que se realiza amanhã. Ela carregava um cartaz com os dizeres: “PeeOTUS” e gotas de urina desenhadas. O cartaz misturava POTUS (sigla para presidente dos estados unidos) e pee (urina), uma menção ao dossiê não comprovado que circulou por Washington, com acusações de que Trump teria se submetido a práticas sexuais não ortodoxas como ser urinado por prostitutas em uma visita à Rússia.
“Se eu não mantiver o bom humor, não vou conseguir permanecer sã”, disse.
O aposentado Drew Allbritton, que trabalhou no governo de Ronald Reagan, carregava um cartaz com os dizeres: Government of Putin (GOP), uma brincadeira misturando a sigla que identifica o partido republicano (grand old party) e a simpatia do novo presidente pelo líder russo Vladimir Putin.
“Eu vivi a Guerra Fria, eu sei do que os russos são capazes, e sei que Trump não vai fazer nada para impedi-los”, conclui. Com informações da Folhapress.