Caloura desmaia após agressões, assédio e ‘banho’ de diesel em trote
Warning: Trying to access array offset on value of type bool in /usr/storage/domains/i/idnews.com.br/www/wp-content/plugins/wp-social-sharing/includes/class-public.php on line 81
Caloura desmaia após agressões, assédio e ‘banho’ de diesel em trote
Mãe da vítima registrou um boletim de ocorrência; trotes são proibidos no município
08JAN2017| 15:012 Sorocaba - SP
Após participar de um trote, uma estudante universitária de 18 anos foi encontrada alcoolizada e desacordada, na noite da última segunda-feira (6), em frente a uma faculdade em Sorocaba, no interior de São Paulo. A mãe dela registrou um boletim de ocorrência e denunciou um dos alunos por assédio.
A vítima, que preferiu não ser identificada, contou ao G1 que foi abordada pelos alunos da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens) na cantina do prédio e que, a princípio, achou que seria uma brincadeira leve, só com tintas para pintar as roupas e o corpo.
Porém, o trote deixou de ser só uma brincadeira quando os veteranos passaram a oferecer bebidas aos calouros. “Eles queriam que bebessem o que eles quisessem e o quanto quisessem. Aí apareceu uma outra turma e um dos meninos começou a jogar óleo diesel nos calouros”, disse a estudante.
A calouro afirma ter sofrido escoriações pelo corpo, além do diesel jogado nela ainda não ter saído totalmente do cabelo. Sobre o assédio, ela conta que um dos veteranos tentou força-la a beijá-lo.
Eu lembro de uma parte dele tentando me beijar e falando: ‘Você é caloura e tem que fazer o que a gente fala’. Aí eu falei: ‘Antes de ser caloura, sou mulher, então, me respeita’. Esse foi um dos motivos para a minha amiga, que começou a procurar nossas coisas. Foi o auge para eu sair.”
A estudante foi encontrada por um aluno desmaiada em frente a faculdade. Ela foi socorrida pelo Samu e encaminhada para uma unidade de pronto atendimento.
Há uma lei municipal em Sorocaba que proíbe o trote. Como punição, é cobrada multa entre R$ 1 mil a R$ 20 mil.
Em nota, a lamentou o caso e disse que “comunicou por meio de avisos e carro de som, antes e nos primeiros dias de aula, que o trote é ilegal, proibido por lei e com punições conforme regimento interno”. A faculdade se disse também “empenhada na apuração dos fatos”.