Irmão de ditador norte-coreano foi morto com arma química, diz Malásia
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Irmão de ditador norte-coreano foi morto com arma química, diz Malásia
Segundo os agentes, o gás letal foi encontrado nos tecidos faciais e nas pálpebras da vítima
24JAN2017| 6:37 Folhapress
A polícia da Malásia anunciou nesta sexta-feira (24) que a substância química usada para matar Kim Jong-nan, irmão mais velho do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, foi gás VX, considerado uma arma de destruição em massa.
Segundo os agentes, o gás letal foi encontrado nos tecidos faciais e nas pálpebras da vítima durante a perícia do corpo. O Centro de Armas Químicas malasiano ainda analisa outros itens e a presença de mais agentes químicos.
O VX é um gás de ação mais rápida que seus congêneres, o sarin e o mostarda. Quem o inala demora menos a morrer devido a sua intensa ação no sistema nervoso central, provocando convulsões e insuficiência respiratória.
O agente químico está entre as substâncias proibidas pela Convenção de Armas Químicas, de 1992, e que deveriam ser destruídas até 2002. A Coreia do Norte, porém, está entre os cinco países que não são signatários.
Filho do ditador Kim Jong-il (1942-2011), Kim Jong-nam foi morto no dia 13 no aeroporto de Kuala Lumpur, capital da Malásia, após ser atacado por uma mulher que aspergiu líquidos químicos em seu rosto.
A suposta autora do crime, a vietnamita Doan Thi Huong, e outras três pessoas: a indonésia Siti Aisyah, um malasiano que seria o namorado de Aisyah e não teve o nome divulgado e o norte-coreano Ri Jong-chol.
O ataque ocorreu no saguão do terminal aéreo, de onde ele partiria para Macau. Os serviços de inteligência da Coreia do Sul acusam o regime norte-coreano de ter ordenado o assassinato.
PYONGYANG
Nesta quinta (23), a Coreia do Norte acusou a Malásia de ter “um propósito sinistro” por trás da morte e de colaborar com a Coreia do Sul para matar o meio-irmão do líder do regime comunista.
O país também acusou o governo malasiano de violar a lei internacional ao fazer uma autopsia de um estrangeiro e continuar com seu corpo, com o objetivo de manipular politicamente o homicídio. (Folhapress)