Uniara é parceira em projeto para impressão 3D de peças do MAPA
Por meio de uma parceria com a Fundação Araporã, a universidade fornecerá materiais para fins didáticos ao Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara
Por meio uma parceria com a Fundação Araporã, o Núcleo de Tecnologias Tridimensionais – NUT3D do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Regenerativa e Química Medicinal – PPGB-MRQM da Universidade de Araraquara – Uniara imprime peças arqueológicas e de icnofósseis para fins pedagógicos. O projeto é desenvolvido no Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara – MAPA.
“É uma conversa antiga com os pesquisadores de lá, sobre a possibilidade de utilizarmos a impressão 3D para imprimirmos fósseis e, de alguma maneira, usarmos esse tipo de impressão como ferramenta para auxiliarmos o museu. Temos o NUT3D, coordenado pelos professores Rodrigo Alvarenga Rezende, André Capaldo Amaral e por mim, com respaldo do PPGB-MRQM, e o Núcleo de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo – NITE da Uniara, nas pessoas de seu coordenador, Gerson Braz, e de Arthur Schimith. É um auxílio comunitário e, além disso, tem uma aluna de mestrado, a Thaís Bombarda, auxiliando diretamente”, conta o professor Hernane da Silva Barud.
Ele menciona que a parceria foi firmada a partir de uma demanda, “um projeto para montarem kits didáticos para oferecerem a professores dos ensinos médio e fundamental”. “Nossa parte é usar o nosso know-how no escaneamento ou digitalização 3D e na produção das peças, que são como protótipos, para que possam disponibilizar esses kits às escolas. Com a impressão 3D, você leva a peça ao público e preserva a original. Uma de nossas vertentes é servir a comunidade e usar o conhecimento científico que temos para podermos popularizar a ciência”, diz o docente.
Rezende aproveita para mencionar que a impressão 3D também possibilita criar modelos itinerantes e facilmente replicáveis, “que podem atender vários museus ou exposições simultaneamente”.
As integrantes da Fundação Araporã, Natália Carvalho de Oliveira Checchi e Débora de Souza Simões, explicam que a instituição, fundada em 1994, não tem fins lucrativos e atua nas áreas de questões indígenas, arqueologia, educação patrimonial e museus, e ainda que a Fundação foi contemplada em 2023 com o financiamento do projeto “Programa de Ação Educativa do Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (MAPA)”, por meio do Programa de Ação Cultural – ProAC, do estado de São Paulo.
“Esse projeto está em desenvolvimento no MAPA e tem como objetivo fortalecer o setor de comunicação do museu por meio das seguintes ações: curso de formação de professores, curso de formação para funcionários e desenvolvimento de recursos pedagógicos, que incluem uma cartilha e um kit didático. Esses materiais estarão disponíveis no MAPA e poderão ser emprestados por profissionais da educação. Nesse sentido, entramos em contato com o professor Hernane Barud para a possibilidade de criar o kit didático utilizando impressão 3D”, detalham Checchi e Simões.
As réplicas estão em processo de impressão, de acordo com elas. “No total, serão impressos dois kits para a arqueologia e dois kits para a paleontologia. Quando o material estiver finalizado, haverá um evento de lançamento do kit didático no MAPA, com uma fala sobre o projeto e a utilização da impressão 3D. Os kits ficarão no museu, e profissionais da educação poderão fazer o empréstimo”, destacam.
Elas apontam que a utilização da impressão 3D no “Programa de Ação Educativa do Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (MAPA)” oferece diversos benefícios. “Em primeiro lugar, permite a reprodução de acervos arqueológicos e paleontológicos de modo que estudantes possam manusear e estudar as cópias sem risco de danificarem o acervo original; aumenta a acessibilidade; as réplicas podem ser emprestadas às escolas, democratizando o acesso a materiais educativos; os/as professores/as podem criar atividades e projetos específicos baseados nas réplicas; a utilização também pode despertar interesse por novas tecnologias e, além disso, a impressão 3D cria um registro digital detalhado, útil para pesquisa e documentação, preservando informações”, apontam Checchi e Simões.
Rezende acrescenta que deverá ser criado, no futuro, um site com apresentação do acervo de peças digitalizadas e impressas, com detalhes do processo de fabricação, bem como detalhes técnicos e históricos das peças originais, “de forma a ampliar o alcance do projeto a interessados externos à região de Araraquara e até do exterior”. “Essas atividades têm sido apoiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – INCT – Circularidade em Materiais Poliméricos – processo 406925/2022-4”, finaliza o docente.
Informações sobre o NUT3D, o PPGB-MRQM e o NITE da Uniara podem ser obtidas no site www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88. Detalhes sobre a Fundação Araporã e o MAPA estão disponíveis, respectivamente, nos endereços https://fundacaoarapora.org.br e www.araraquara.sp.gov.br/governo/secretarias/cultura/museu-de-arqueologia-e-paleontologia.
| IDNews® | Beto Fortunato | Via Assessoria de Imprensa Uniara|
