Transexual demitida do ‘Amor & Sexo’ desabafa – Hipocrisia
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Transexual demitida do ‘Amor & Sexo’ desabafa – Hipocrisia
A moça usou seu Facebook para dizer que nem tudo são flores na atração global
03MAR2017| 14:44 Amor & Sexo
O ‘Amor & Sexo’ que foi ar nesta quinta (2) conquistou muitos telespectadores que se animaram com o espaço dado aos transexuais e travestis brasileiros, no programa que abordou a identidade de gênero.
Mas nem todo mundo ficou contente, como foi o caso de Barbara Aires, transexual que foi funcionária da atração. A moça usou seu Facebook para dizer que nem tudo são flores na atração global.
“Em primeiro lugar, deixar nítido que não tenho nada contra os jurados, convidados, ou quaisquer participantes que participaram do programa. Principalmente LGBTs. Temos que ocupar tudo mesmo”, começou Barbara.
Em seguida, a moça se mostra insatisfeita com o fato de não ter seu contrato renovado, mesmo depois de dois anos de trabalho elogiado. Aires foi funcionária da atração entre janeiro de 2012 a dezembro de 2013.
Leia trechos do relato de Bárbara a seguir:
“Devido a minha militância, em junho de 2011 fui ao programa falar na plateia sobre travestilidade e transexualidade. Dada a minha participação, fiquei em contato com a produção e quando uma das produtoras ascendeu a roteirista, me contactaram sondando sobre minha real vontade de empregabilidade no mercado formal. Depois de algumas conversas e entrevistas, fui contratada Consultora do programa. Não podia ser contratada como produtora por não ser jornalista formada. Vi ali uma oportunidade de aprendizado e de mostrar o potencial como profissional. Ganhei atribuições de produção e participei ativamente da produção. Reunião de pautas, de criação, pesquisa de personagem, gravação… Dois anos…Quando fui contratada, a redação final era de outro funcionário, meu chefe direto. Uma pessoa maravilhosa, sem igual. Até meu crachá com nome social ele agilizou, algo inédito nas organizações Globo. O que inclusive me deu uma certa projeção e notoriedade na época. As meninas da produção, maravilhosas. Me ensinaram todo o ofício, e sempre me elogiando nas minhas atribuições. Não vou citar nomes, essas pessoas sabem quem são e não preciso expor nessa situação.Nessa época a Fernanda Lima era apenas apresentadora. Chegava, lia o texto e apresentava. Nunca me tratou mal, sempre educada. Mas sem intimidades, normal, distante. Com o passar do tempo, ela começou a opinar no texto, mudar uma coisa aqui e ali, até que de repente o texto estava todo modificado. Ela acabou se tornando Redatora Final juntamente com seu empresário/assessor. Essa informação está disponível no site do programa, só olhar lá.Entre outras situações, que não vou expor para não ficar maior ainda o texto, quando meu contrato chegou ao fim, pela primeira vez em 2 anos, dois anos de serviços prestados, ele não foi renovado. Me vi desempregada em 1 de janeiro de 2014. E era justamente minha maior expectativa de empregabilidade fixa, pois dias antes eu havia tido uma conversa com o RH, mostrado meu serviço, e estava tudo acertado para na renovação eu deixar de ser, no contrato, consultora e me tornar pesquisadora. Por quê? Simplesmente porque consultora não é um cargo da grade da Globo. É um cargo que o programa tem que pedir, anunciar que irá precisar, e o próprio programa indica. E esse papel é do redator final. Já pesquisadora é um cargo fixo na globo, que trabalha de acordo com a demanda dos programas. E pelo trabalho que apresentei, julgaram que eu me encaixava como pesquisadora.Mas olha que “coincidência”; Depois de 2 anos, dois anos de trabalhos prestados, elogiados e sempre renovados, foi só mudar a chefia, Fernanda e seu empresário assumirem, que eu não fui chamada, renovada… E fiquei 3 anos, três anos desempregada…Mas por por que você está explanando isso só agora? Primeiro, que a exibição do programa foi propícia. Muita falsidade e hipocrisia, não aguento. Muito fácil se dizer sem preconceito, fazer discursos lindos, falar de empregabilidade, e usar uma trans apenas como estilista. Mas quando pode manter uma trans na produção, não, imagina”, desabafou a profissional.