Homem é enterrado vivo e transmite experiência de dentro do caixão
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Homem é enterrado vivo e transmite experiência de dentro do caixão
Experiência durou 72 horas; objetivo é enviar uma mensagem a pessoas em situações de desamparo e desespero
07MAR2017| 11:37 Belfast
O norte-irlandês John Edwards, de 61 anos, se candidatou voluntariamente para ser enterrado vivo a três palmos do chão, por três dias, e transmitir tudo ao vivo de dentro de um caixão pelas redes sociais. O enterro foi realizado na igreja de Belfast, capital da Irlanda do Norte.
Para que a experiência fosse realizada, o caixão foi adaptado com um bom sinal de internet, Skype, Facetime e uma câmera ao vivo, um banheiro improvisado e um tubo que para passagem de ar, água e alimentos.
Ao jornal local “Belfast Telegraph”, o norte-irlandês contou que tudo “foi absolutamente inacreditável”. “Eu falei com pessoas na China, Brasil, Índia, Nigéria, Canadá, Equador e Austrália”, contou.
O objetivo da ação foi enviar uma mensagem a pessoas em situações de desespero. Edwards é um ex-dependente químico e ex-alcóolatra, que está sem beber álcool há mais de 20 anos. Ele já foi abusado sexualmente, viveu nas ruas, foi submetido a tratamentos para distúrbios mentais e sobreviveu a overdoses. “Quero chegar ao maior número possível de desesperados”, contou o homem.
O jornal conta que o homem também sobreviveu a dois cânceres e a um transplante de fígado após desenvolver hepatite C por conta do uso de agulha contaminada.
O norte-irlandês disse ainda já ter perdido mais de 20 amigos por conta de abuso de drogas e álcool, além de suicídios.
Hoje, ele possui diversos centros cristãos de reabilitação e abrigos para moradores de rua, nos quais aconselha e reza com pessoas em situações de desamparo e desespero.
Edward conta que durante as 72 horas ele recebeu inúmeras mensagens de pessoas que buscam por ajuda.
Sobre ser enterrado, o norte-irlandês disse que não é claustrofóbico, mas que ficou apreensivo. “Quando a tampa é fechada, você está sob o solo e ouve a terra cobrindo o caixão…é estranho”, relatou.
Este não foi o primeiro enterro de Edwards. Ele já havia realizado uma experiência parecida no ano passado, na cidade de Halifax, na Inglaterra.