Economia & Negócios

Exportação brasileira de carne bovina registra recorde em outubro, aponta Abiec

Somente nos primeiros dez meses de 2024, as exportações de carne bovina do Brasil já praticamente se igualaram ao resultado de todo o ano de 2023, quando o país exportou 2,29 milhões de toneladas, movimentando US$ 10,5 bilhões

A exportação brasileira de carne bovina registrou recorde em outubro, alcançando 301.166 toneladas. A receita cambial foi de US$ 1,36 bilhão. No acumulado dos primeiros dez meses de 2024, o aumento foi de 29,9% no volume exportado, atingindo 2,4 milhões de toneladas, enquanto o faturamento cresceu 22,8%, a US$ 10,5 bilhões.

Somente nos primeiros dez meses de 2024, as exportações de carne bovina do Brasil já praticamente se igualaram ao resultado de todo o ano de 2023, quando o país exportou 2,29 milhões de toneladas, movimentando US$ 10,5 bilhões, de acordo com a análise da Associação Brasileira dos Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) com base nos números divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Segundo a Abiec, a tendência para o fechamento deste ano é de manutenção dos recordes até dezembro.

O presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, disse em comunicado que “para se dar uma dimensão do tamanho e da eficiência de toda a cadeia produtiva, o total exportado corresponde a mais de 9 milhões de animais abatidos, produzindo carne e contribuindo para a segurança alimentar”.

A China, o maior mercado para o Brasil, importou quase 160 mil toneladas no mês passado. Hoje, a China tem 54,4% de participação no montante exportado pelo Brasil em carne bovina.

Ainda de acordo com os dados do MDIC, os Estados Unidos continuam como o segundo maior comprador da carne bovina do Brasil, com volumes de 27.940 toneladas e faturamento de US$ 159,3 milhões, no último mês. Isso representa uma alta de 10,4% no volume e de 12% no faturamento, frente a setembro passado. Já as Filipinas foram o terceiro maior destino da carne bovina brasileira no mês passado, com 11.369 toneladas exportadas e faturamento de US$ 42,7 milhões.

Considerando as categorias de produtos de carne bovina, foram exportadas 270.332 toneladas de carne in natura (representando quase 90% do total), 16.022 toneladas de miúdos, 8.547 toneladas de carne industrializada, 2.926 toneladas de tripas, 2.824 toneladas de gordura e 515 toneladas de carnes bovinas salgadas.

Acumulado

Em 2024, os dez maiores compradores da carne bovina do Brasil representaram, em volume, cerca de 80% de tudo o que o Brasil exportou. O destaque também é a China, com volume de cerca de 1 milhão de toneladas e faturamento de US$ 4,8 bilhões, entre janeiro e outubro, registrando alta de 12,7% no volume embarcado e 3% de aumento no faturamento frente ao mesmo período de 2023.

Os Estados Unidos registraram um aumento significativo nos embarques este ano, de 69%, chegando a 175.193 toneladas, com faturamento de US$ 1,02 bilhão (aumento de 58,7% frente ao mesmo período do ano passado). Emirados Árabes, com embarques de quase 125 mil toneladas, Hong Kong com compras próximas a 100 mil toneladas, Chile (86.587 toneladas), Filipinas (80.472 toneladas) e Egito (78.080 toneladas), também mereceram destaque.

Conforme a Abiec, Camardelli está na China nesta semana, participando, com a ApexBrasil, da China International Import Expo (CIIE), em Xangai. A mostra é uma iniciativa do governo chinês, por meio do Ministério do Comércio da China, em parceria com o governo municipal de Xangai e tem, também, o apoio de diversas organizações internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

Um dos eventos foi o lançamento, na quinta-feira, 7, do projeto The Beef and Road: bridging the Brazil-China Beef Routes, uma iniciativa da Abiec com a ApexBrasil, para abertura de novas rotas no país, fora dos eixos Pequim e Xangai.

| IDNews®| Beto Fortunato | Via NBR | Estadão Conteúdo|

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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