Dos 339 casos de febre amarela em MG, 84% envolvem homens
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Dos 339 casos de febre amarela em MG, 84% envolvem homens
Boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do estado foi divulgado nesta sexta-feira (17)
18MAR2017| 8:56 – Minas Gerais
Minas Gerais contabiliza 1.094 notificações de febre amarela no estado. Destas, 118 foram descartadas e 339 são casos confirmados. É o que aponta o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais divulgado nesta sexta-feira (17). Segundo o levantamento, entre as vítimas que apresentaram exame positivo para a doença, 84% são do sexo masculino. As informações são da Agência Brasil.
Os casos confirmados são aqueles em que o paciente apresenta exame positivo para febre amarela, exame negativo para dengue, falta ou desconhecimento sobre vacinação e sintomas compatíveis com a doença. O boletim da SES-MG mostra também que a febre amarela provocou a morte de 117 pessoas em Minas Gerais. Mais 75 óbitos ainda estão sendo analisados.
O atual surto é considerado o maior no Brasil desde 1980, quando o Ministério da Saúde passou a disponibilizar dados da série histórica. A situação mais grave até então havia ocorrido em 2000, quando morreram 40 pessoas.
Até o momento, 53 cidades mineiras tiveram ao menos uma confirmação de transmissão da doença. Quatro delas tiveram mais de 20 confirmações: Ladainha, Caratinga, Novo Cruzeiro e Poté. Mais 40 municípios analisam casos suspeitos.
A febre amarela atinge humanos e macacos e é causada por um vírus da família Flaviviridae. No meio rural e silvestre, ele é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do vírus zika e da febre chikungunya. Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, nenhum dos casos em Minas Gerais são considerados urbanos pelos órgãos públicos.
A principal medida de combate à doença é a vacinação da população. O imunizante é ofertado gratuitamente nos postos de saúde por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após dez anos. No caso de crianças, o Ministério da Saúde recomenda a administração de uma dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos.
MACACO MORTO
A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte confirmou na sexta-feira que um terceiro macaco encontrado morto na capital mineira estava com febre amarela. O corpo do animal estava na região centro-sul e foi submetido a exames que deram resultado positivo.
Os outros dois macacos que já tiveram confirmação para a doença foram encontrados nas regiões oeste e Venda Nova. Belo Horizonte analisa ainda 18 mortes de animais. Por outro lado, a capital mineira não tem nenhuma notificação de transmissão da doença para humanos.
Em todo o estado de Minas Gerais, 102 municípios têm confirmação de macacos mortos por febre amarela. Mais 105 cidades investigam mortes de animais.A prefeitura de Belo Horizonte vem fazendo algumas ações para evitar que a doença atinja sua população. Entre as medidas adotadas, estão o reforço da vacinação e a interdição do Parque Jacques Cousteau, do Parque das Mangabeiras e do Parque da Serra do Curral. Até o momento, 556 mil pessoas receberam o imunizante na cidade.