Justiça do Paraná condena oito por ligação ao Estado Islâmico
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Justiça do Paraná condena oito por ligação ao Estado Islâmico
Presos na Operação Hashtag foram detido em julho de 2016, acusados de planejar atentado durante a Olimpíada do Rio
04MAI2017| 17h - E.I. Operação Hashtag
O juiz federal Marcos Josegrei da Silva decidiu, nesta quinta-feira (4), condenar oito brasileiros denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por integrarem uma célula da organização terrorista Estado Islâmico (EI) no país.
O magistrado acatou as alegações do MPF, que afirma que os acusados planejavam um atentado terrorista no Brasil. As informações são da revista Veja.
O esquema foi descoberto durante investigações da Operação Hashtag, que prendeu doze pessoas suspeitas de ligação a grupos terroristas duas semanas antes dos Jogos Olímpicos do Rio.
O líder do grupo, Leonid El Kadre (foto), de 33 anos, foi condenado a 15 anos e 10 meses de prisão. Ele seria o principal responsável por recrutar novos membros para o grupo, incluindo menores de idade. Em 2005, ele já havia sido sentenciado a 18 anos de prisão por homicídio.
Após realizar um assalto, El Kadre matou o comparsa a pedradas para não dividir dinheiro. Preso no presídio federal de Campo Grande, ele está em greve de fome e se diz alvo de perseguição religiosa.
A segunda maior pena foi aplicada a Alisson Luan de Oliveira, seis anos e 11 meses de prisão. Ele teria dado sugestão de locais para realizar os ataques.
A maioria dos réus – Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Hortêncio Yoshitake e Luís Gustavo de Oliveira – recebeu pena de 6 anos e três meses. Eles foram considerados culpados de promoção de organização terrorista e associação para crime.
O paulista Fernando Pinheiro Cabral, de 23 anos, foi o único a não receber a pena por associação para o crime. O magistrado responsável pela sentença entendeu que ele não mantinha as conexões necessárias para tipificação do crime. Em depoimento prestado em setembro do ano passado, Cabral confessou ter planejado um atentado à Parada LGBT, em São Paulo.
Esta é a primeira vez que a Justiça brasileira lida com julgamento de acusados de terrorismo islâmico. O fato é também inédito no contexto da América Latina.