Síria confirma que destruiu armas químicas
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Síria confirma que destruiu armas químicas
Empresa norte-americana Veolia foi a responsável pela eliminação
A destruição de todas as armas químicas declaradas pela Síria foi completada, depois da eliminação de 75 cilindros de fluoreto de hidrogênio, anunciou hoje a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ).
Com a eliminação de tais cilindros, realizada pela empresa norte-americana Veolia, nas suas instalações do Texas, “acaba a destruição de todas as armas químicas declaradas pela Síria”, declarou a OPAQ, organismo executor da Convenção sobre as Armas Químicas com sede em Haia, na sua página na Internet.
A necessidade de encontrar uma solução técnica para tratar uma série de cilindros em condições de deterioração perigosas atrasou o processo, explicou a OPAQ.
O diretor-geral da organização, o turco Ahmet Üzümcü, afirmou que esse processo “encerra um importante capítulo na eliminação do programa de armas químicas da Síria”.
O responsável indicou igualmente que prosseguem “os esforços para esclarecer a declaração da Síria (sobre as suas armas) e para combater o uso continuado de químicos tóxicos como armas nesse país” árabe. Em novembro, a OPAQ confirmou o uso de gás mostarda num ataque em agosto passado na localidade síria de Marea, situada a norte de Alepo.
Assim constava em três relatórios confidenciais entregues aos Estados que são parte da OPAQ pelo diretor-geral da organização, com as conclusões da missão de investigação enviada à Síria para determinar se foram utilizados químicos tóxicos.
A OPAQ não fez referência aos possíveis autores do ataque que ocorreu em 21 de agosto em Marea e no qual “atores não-estatais” usaram gás mostarda, mas, nessa data, rebeldes e combatentes islâmicos acusaram o grupo extremista Estado Islâmico (EI) de ter utilizado gases tóxicos nos seus ataques na zona.
A organização investigou também outro incidente ocorrido a 29 de agosto em Khobar, depois de informar o governo sírio de que os seus soldados tinham sofrido baixas devido ao emprego de químicos tóxicos, mas neste caso a equipa de investigação não conseguiu determinar com certeza que um produto químico fora utilizado como arma. Outra investigação sobre o presumível uso de químicos tóxicos centrou-se, em março, na região de Idlib, no norte da Síria.
A equipe de especialistas concluiu, mediante análise da informação e das provas disponíveis, que “os presumíveis incidentes provavelmente envolveram o uso de um ou mais químicos tóxicos, incluindo (gás) cloro, como arma”.
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