Madrasta de Isabela Nardoni – ‘não me sinto culpada nem arrependida’
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Madrasta de Isabela Nardoni – ‘não me sinto culpada nem arrependida’
Um laudo encaminhado ao Ministério Público é favorável à progressão com direito ao semiaberto; decisão deve ocorrer em 10 dias
19JUN2017| 8h47 - ISABELA NARDONI
Anna Carolina Jatobá, condenada a 26 anos e oito meses de prisão pela morte Isabela Nardoni, disse que não se sente culpada pelo assassinato da enteada. “Não me sinto culpada, nem arrependida porque sou inocente”, revelou a acusada a uma assistente social. A declaração foi registrada num documento que compõe o relatório sobre o comportamento dela na prisão. As informações serão usadas pela Justiça para decidir se Jatobá poderá cumprir a pena em regime semiaberto.
De acordo com matéria do Fantástico, após laudos psicólogo e psiquiátrico, um parecer de uma equipe técnica garante que ‘a possibilidade de reincidência é nula’.
A detenta disse aos especialistas que é inocente e que espera que a verdade apareça. Sobre os projetos para o futuro, Jatobá conta que planeja fazer um curso de moda, abrir um ateliê de costura, se reaproximar da família e manter o relacionamento com o marido Alexandre Nardoni. O casal tem dois filhos, de 10 e 12 anos.
Quero estar com meus filhos. Vou morar em São Paulo ou uma cidade do litoral, trabalhar e tentar viver minha vida. Gostaria que um dia minha vida pudesse voltar ao normal. Gostaria de desenvolver o meu lado espiritual e ajudar as pessoas.”
Segundo o psiquiatra que fez a avaliação de Jatobá, ela é capaz de controlar a sua agressividade. “Não podemos prever o futuro, entretanto diante do amadurecimento adquirido com o tempo, sua capacidade de refletir e construção de projetos de futuro nos faz pensar que, neste momento, sua possibilidade de reincidência é nula”, disse ele.
Durante o tempo que passou na cadeia, a acusada não teve faltas disciplinares, tem conduta ótima, obedece às ordens, respeita os funcionários e normas da unidade prisional.
O laudo encaminhado ao Ministério Público deu parecer favorável para a progressão com direito ao semiaberto. O promotor Luiz Marcelo Negrini salienta que a acusada não pode perder os seus direitos garantidos por lei por conta da opinião pública.
“Vale dizer que a gravidade do crime e suas consequências, por mais nefastas e repugnantes que sejam, não podem prevalecer”, diz um trecho do parecer. O profissional lembra que a progressão ao regime intermediário não significa liberdade.
O parecer deve ser encaminhado nesta semana à Justiça.