Políticos sentem pavor generalizado com novas delações da Lava-Jato
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Políticos sentem pavor generalizado com novas delações da Lava-Jato
O cenário de incertezas preocupa os políticos que temem estar envolvidos nas investigações
A delação do ex-dirigente da Petrobras Nestor Cerveró criou um grande impacto no mundo político.
De acordo com O Globo, os parlamentares acreditam que políticos e empresários estão sentindo um “pavor generalizado” devido ao cenário de incertezas sobre o futuro do governo, a sobrevivência do ex-presidente Lula até as eleições de 2018 e a situação de caciques do PMDB, de partidos da base e até de alguns dos principais nomes da oposição.
A reportagem refere que a classe política teme a constatação de que “nada prescreve”, já que as denúncias chegaram ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), que deixou a presidência em 2002.
“A grande novidade dessa Lava-Jato é que não tem ninguém se abraçando para se salvar, é todo mundo querendo furar a boia. Há um pavor generalizado, ninguém sabe se vai sobrar alguém de pé”, declarou um peemedebista.
Um clima de apreensão com os desdobramentos das delações em curso de dirigentes da Andrade Gutierrez e do senador Delcídio Amaral (PT-MS) é sentido pelas lideranças dos partidos de base e oposição.
A publicação revela ainda que senadores conversam frequentemente por telefone para sentir o clima e avaliam que a delação de Cerveró é pequena perto do que está por vir. O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) foi citado pelo delator, aliados dizem que ele está angustiado.
“O quadro da política na volta do recesso vai ser muito complicado. Ninguém sabe o que vem pela frente diante de tantas delações. O momento é de apreensão tanto na política quanto no mundo empresarial. Há muitas dúvidas”, afirma o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).
A delação de Cerveró ainda não veio à tona por completo e ainda não foi homologada a proposta de delação do ex-presidente do PP Pedro Corrêa. Fatores que causam mais incerteza.
Nesse cenário, petistas reconhecem o desgaste do governo e a desidratação de Lula para 2018. “É um desgaste contínuo, mas concretamente não há nada contra o Lula. Só a gente sabe o preço que estamos pagando”, avaliou um petista.
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