Walter Miranda discute reforma da previdência na Tribuna Popular
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Walter Miranda discute reforma da previdência na Tribuna Popular
Miranda, que trabalha na Receita Federal, apresentou dados sobre o sistema de proteção social …
16AGO2017| 7:30 - IMPRENSA CAM
A Tribuna Popular da Câmara Municipal foi ocupada pelo servidor Walter Miranda de Almeida, credenciado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev), para discutir o tema “As reformas aprovadas e previstas pelo governo Temer e o reflexo no município de Araraquara”.
“A nossa maior preocupação é com os trabalhadores mais pobres, os excluídos deste país, que são os que mais sofrem com as reformas do governo que ferem os seus direitos. Uma das principais é a reforma previdenciária”, apontou.
Miranda, que trabalha na Receita Federal, apresentou dados sobre o sistema de proteção social brasileiro, a seguridade social, composta pela previdência, a saúde e a assistência social, destacando suas fontes de financiamento. Ele explicou que, “ao contrário do que é divulgado erroneamente pela mídia, as fontes de financiamento da previdência são muitas. A TV não fala das outras receitas, que são desviadas, e isso não é apurado. Os grandes meios de comunicação mostram somente o fluxo de caixa, o que dá, realmente, a sensação de que a previdência vai quebrar. Mas é uma contabilidade desonesta. Na verdade, há um superávit, embora venha caindo nos últimos anos. Em 2015, o último dado publicado, foi de 11,1 bilhões”.
De acordo com Miranda, entre os problemas reais da gestão da previdência, estão escolhas políticas, como o perdão de dívidas de grandes devedores. “Um problema sério é a alta dívida ativa previdenciária, que supera R$ 370 milhões e tem pouca probabilidade de ser quitada, devido às renúncias fiscais e isenções para grandes empresas”, acrescentou. Apresentando dados coletados pela associação Auditoria Cidadã da Dívida, ele observou ainda que “do orçamento geral da União, no valor de R$ 2,5 trilhões, 43,94% são destinados a juros e amortizações da dívida pública ativa, enquanto apenas 22,54% vão para a previdência social. A saúde, então, recebe apenas 3,9%. A população precisa se manifestar, ir para as ruas, chamar greves gerais, fazer mobilizações fortes, pois essa situação não pode continuar”, concluiu, colocando-se à disposição dos vereadores para discutir o tema de modo aprofundado.
Fotos disponíveis no Flickr da Câmara Municipal: https://flic.kr/s/aHsm6CsbRg