Destruição do PSDB é consequência política do ‘golpe’, diz Dilma
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Destruição do PSDB é consequência política do ‘golpe’, diz Dilma
“Se é possível tirar uma presidente da República, tudo é possível”, afirmou
12DEZ2017| 7:19 - Folhapress - Foto: © Reuters / Andres Stapff
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta segunda (11) que “a destruição do PSDB e o surgimento da extrema direita foram consequências políticas não previstas do impeachment, que chamou de golpe.
Dilma falou em reunião da comissão extraordinária de mulheres da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Do lado de fora, membros de movimentos de esquerda e de direita se enfrentavam no grito.
O grupo Patriotas, que apoia o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), e o MBL estavam presentes.Sempre falando sobre os articuladores do impeachment, Dilma disse que subestimaram a instabilidade e o conflito entre Poderes que se seguiram.
“Se é possível tirar uma presidente da República, tudo é possível”, afirmou. Segundo a ex-presidente, o impeachment acertou além do que mirou e foi preciso “tentar dar um jeitinho”. “Às vezes as malas impedem o jeitinho, ele dá errado”, disse referindo-se a acusação de corrupção contra o presidente Michel Temer (PMDB).
A ex-presidente criticou diversas vezes a ação da Polícia Federal na Universidade Federal de Minas Gerais na última semana.
“Abriram a caixa-preta e soltaram os monstros da intolerância, da escola sem partido, da invasão da UFMG”, disse.
ELEIÇÃO
A respeito da eleição do próximo ano, que Dilma chama de terceiro ato do golpe, disse que “tinha uma pedra no meio do caminho, ela se chama Lula.
A petista voltou a dizer que a condenação do ex-presidente Lula na Lava Jato, que se confirmada em segunda instância pode tirá-lo da eleição, é uma perseguição política.
“Quem quer um plano B é quem não tem candidato e não tem coragem de concorrer com ele. Quem tem medo do plano A é que quer plano B.” Com informações da Folhapress.