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Revelado possível método de envenenamento do ex-espião russo


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Revelado possível método de envenenamento do ex-espião russo
Skripal e sua filha Yulia podem ter sido expostos à substância neurotóxica através do sistema de ventilação do carro

19MAR2018|  9:14 -  Reino Unido

ex-espião russo, Sergei Skripal que foi envenenado juntamente com sua filha Yulia no Reino Unido, pode ter sido exposto a uma substância neurotóxica através do sistema de ventilação de seu carro,  um BMW, informou a emissora ABC News, citando fontes da investigação. A fonte sugere que o veneno teria sido introduzido no sistema na forma de pó.

Segundo representantes da polícia britânica, 38 pessoas foram analisadas por médicos em relação ao incidente. Destas, 34 tiveram alta, mas Skripal (em estado crítico), um oficial da polícia e uma pessoa desconhecida, permanecem no hospital.

O jornal The Sunday Times, por sua vez, propôs outra versão do envenenamento. O veneno, segundo a mídia, poderia estar nas portas, no assento ou volante ou poderia ter sido colocado na roupa do ex-agente ou de sua filha.

Porém, de acordo com o especialista militar russo, Igor Nikulin, o veneno Novichok, com o qual supostamente foi envenenado Skripal, é um reagente binário: uma vez que componentes binários são misturados, a reação inicia imediatamente, matando pessoas próximas instantaneamente. Deste modo, o Novichok não é conveniente para ataques lentos.

“Acho pouco provável, pois esta substância [Novichok] ao contrário do gás Sarin, é difícil de usar secretamente. Ela tem um cheiro muito forte e desagradável. Sarin não tem cor, nem cheiro, pode ser utilizado furtivamente, mas aquela substância não pode ser usada despercebidamente”, explicou o analista.

Previamente, o embaixador da Rússia no Reino Unido, Aleksandr Yakovenko, relatou que a mídia britânica continua apresentando novas versões da suposta tentativa de assassinato de Skripal, mas o governo do país ainda não comentou oficialmente nenhuma hipótese.

Skripal foi recrutado pelo serviço secreto britânico MI6 quando servia nas Forças Armadas russas na década de 90. Em 2006, a justiça russa o condenou a 13 anos de prisão por espionagem a favor de um Estado estrangeiro, mas quatro anos mais tarde ele foi resgatado junto com outros dois espiões por dez supostos agentes russos detidos nos EUA. Com informações do Sputnik.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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