Cientistas desenvolvem exame de sangue para detectar melanoma
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Cientistas desenvolvem exame de sangue para detectar melanoma
Novo teste de sangue pode detectar melanoma em sua etapa inicial, quando ainda pode ser tratado. Descoberta mundial poderá salvar muitas vidas.
7:15|AFP/FOLHA DE PERNAMBUCO |2018JUL19|
Um grupo de pesquisadores australianos anunciou nesta quarta-feira um novo teste de sangue para detectar melanoma em sua etapa inicial, o que constitui uma descoberta mundial que poderá salvar muitas vidas. O exame poderá ajudar os médicos a detectar o melanoma, um câncer de pele muito agressivo, antes que se propague para o resto do corpo, de acordo com os cientistas da Universidade Edith Cowan, cujo trabalho foi publicado pela revista Oncotarget.
Na pesquisa, participaram 105 pacientes com melanoma e 104 pessoas saudáveis. O procedimento experimentado permitiu diagnóstico precoce do melanoma em 79% dos casos, segundo os autores da pesquisa.
“Este teste sanguíneo é muito promissor como detector potencial porque pode identificar o melanoma em sua etapa inicial, quando ainda pode ser tratado”, afirmou Pauline Zaenker, a principal pesquisadora, em um comunicado. “Os pacientes cujo melanoma é detectado em um estado precoce têm uma taxa de sobrevivência de cinco anos entre 90% e 99%”, afirmou Zaenker.
Caso contrário, a taxa de sobrevivência cai para 50%. Atualmente, o melanoma é detectado mediante um exame clínico realizado por um médico, que, em caso de lesão suspeita, procede a uma extração para a realização de uma biópsia.
“Examinamos um total de 1.627 tipos diferentes de anticorpos para identificar uma combinação de dez anticorpos, a mais apta a assinalar a presença de melanoma nos pacientes confirmados em comparação com os voluntários saudáveis”, explicou Zaenker.
A equipe de pesquisa prepara um trabalho clínico que durará três anos para validar as conclusões e dispor de um teste que possa ser utilizado pelos médicos. Um câncer em cada três é de pele, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A Austrália é o país com uma das maiores prevalências de melanoma no mundo.