Operação apreende mais de duas toneladas de fios de cobre no Recife
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Operação apreende mais de duas toneladas de fios de cobre no Recife
Durante a ação, 22 pessoas foram presas e 16 pontos de receptação dos materiais, foram fechados
7:53 |FPE |2018AGO08|
Mais de duas toneladas de materiais em sucatas, ferros-velhos e outros pontos de receptação monitorados pela Polícia Civil foram apreendidos na Operação Sucata, deflagrada para combater o comércio ilegal de fios de cobre em localidades do Recife e Região Metropolitana. Os resultados da ação conjunta da Polícia Civil de Pernambuco com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Secretaria de Defesa Social, com apoio da Anatel, Celpe e Corpo de Bombeiros, foram apresentados nesta terça-feira (7). Além da capital, as cidades de Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes estão entre as mais afetadas com a diminuição e em alguns casos, a interrupção total no fornecimento das redes de telefonia.
“Monitoramos 84 pontos, entre sucatas e depósitos de ferros-velhos. Dezesseis deles foram fechados. Desde o início da operação em julho, já registramos uma redução significativa dos furtos em alguns municípios e vamos continuar com a ação em outras localidades do Estado”, garantiu o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle.
Com a operação foram presos 22 suspeitos, todos indiciados por furto e receptação. A estimativa é de que mais de 100 mil pessoas, entre empresas e consumidores, tenham sido afetados pelos furtos, de acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. “É um tipo de crime que fere interesse de milhares de pessoas e empresas, que estavam sendo tolhidas no direito de telecomunicação. Vamos interiorizar a ação para continuar coibindo delitos como esse, que tanto prejuízo traz à população”.
Depois de furtados, os fios de cobre eram vendidos a um preço médio de R$ 20. Para Antonio Guerra, delegado de combate à pirataria, boa parte das pessoas que furtam os cabos e fios são consumidores de drogas. “Íamos direto aos ferros-velhos e sucatas para identificar materiais como cabos, baterias e fios de cobre, confirmando se pertenciam às empresas. Constatada a propriedade, os donos dos locais eram presos em flagrante. O delito servia, também, para fomentar o tráfico, uma vez que com o valor arrecadado com a venda alimenta bocas de fumo”, esclareceu