Marconi Perillo (PSDB) é alvo de busca e apreensão na operação Cash Delivery
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Marconi Perillo (PSDB) é alvo de busca e apreensão na operação Cash Delivery
Investigação tem origem em acordo de colaboração premiada de executivos da Odebrecht. Tucano é apontado como destinatário de R$ 10 milhões da empreiteira
648: |IDNews/Estadão/Fabio Serapião, Julia Affonso e Fausto Macedo | 2018SET28 |
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 28, a operação Cash Delivery. O ex-governador de Goiás e atual senador Marconi Perillo (PSDB) é alvo de busca e apreensão.
Jayme Rincón, ex-tesoureiro de Perillo e atual coordenador da campanha ao governo do Estado de José Elinton (PSDB), aliado do tucano, é alvo de mandado de prisão já cumprido pela PF.
A investigação teve como base os relatos dos delatores Fernando Reis e Alexandre Barrados, ambos da empreiteira Odebrecht. Em suas colaborações, eles citaram terem repassado R$ 10 milhões a Perillo – R$ 2 milhões na eleição de 2010 e outros R$ 8 milhões em 2014. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, defensor de Perillo, disse que vai se manifestar depois que conseguir falar com seu cliente.
O caso tramitava no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas foi enviado à Justiça Federal de Goiás em abril, após Perillo deixar o governo para se candidatar ao Senado. O Estadorevelou, em julho, que antes do caso sair do STJ, a Procuradoria-Geral da República havia solicitado a quebra de sigilo telefônico de Perillo e do ex-tesoureiro de sua campanha, Jayme Rincón. Atualmente, Rincón é presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop).
A Cash Delivery cumpre 14 mandados de busca e apreensão e 5 de prisão temporária, expedidos pela 11.ª Vara da Justiça Federal de Goiás, nas cidades de Goiânia/GO, Aparecida de Goiânia/GO, Pirenópolis/GO, Aruanã/GO, Campinas/SP e São Paulo/SP.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal validaram o conteúdo das colaborações premiadas de executivos da Odebrecht realizadas junto à Procuradoria-Geral da República.
Os envolvidos, entre eles empresários, agentes públicos e doleiros, responderão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.