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Jogador diz que foi ameaçado de morte após escândalo no Corinthians


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Jogador diz que foi ameaçado de morte após escândalo no Corinthians, Alyson Mota entrou na Justiça contra o Alvinegro
15:00| 17/05/2016
Alysson Motta

O jogador da base do Corinthians Alyson José da Motta entrou na Justiça contra o clube após o escândalo de denúncia de desvio de dinheiro envolvendo dirigentes. O atleta de 16 anos diz que, depois da divulgação do caso, foi ameaçado de morte por seu ex-empresário.

“Julio [ex-empresário do jogador] passou a ameaçar a vida da vítima e seus familiares, dizendo que se o fizesse realmente iria matar todos”, afirmou o jogador em depoimento à Polícia Civil.

Julio Cesar Polizeli, o ex-agente do jogador, foi procurado pela reportagem, mas não foi encontrado para comentar. Alyson ingressou com uma ação pedindo indenização por danos morais e a rescisão de seu vínculo com o Corinthians imediatamente, ainda que de forma liminar.

O garoto ficou em destaque nas últimas semanas por causa da suspeita de irregularidades envolvendo o ex-gerente da base e um conselheiro famoso no clube, Fábio Barrozo, que já pediu demissão, e Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne.

Os dois estão sendo investigados pelo comitê de ética do clube. Ambos são acusados de terem enganado um empresário, vendendo de forma irregular parte dos direitos econômicos de Alyson, que ainda nem existem, e desviado o dinheiro em questão, cerca de US$ 110 mil, para eles mesmos.

No processo, o garoto, por meio dos seus advogados, argumenta que desde que o escândalo se tornou conhecido, ele acabou sendo penalizado, afastado dos treinamentos, dando apenas voltas no campo enquanto seus colegas participam normalmente de exercícios, levando a um “limbo profissional”.

“Com o escândalo, os ‘urubus’ alçaram seu voo e a entidade de prática desportiva em questão resolveu a seu bel prazer punir, indevidamente, a parte hipossuficiente da relação contratual, qual seja, o atleta”, diz a advogada do jogador, Gislaine Nunes, à Justiça.

A ação alega ainda que Alyson foi deixado na geladeira, na tentativa de o “diminuir, menosprezar, pressionar, envergonhar e humilhar”. Por causa disso, a advogada pede R$ 200 mil de indenização por danos morais e a rescisão imediata do contrato existente, que é o de formação. Assim, ele poderia sair livre, sem a cobrança de uma multa de R$ 9 milhões que o clube vem pedindo. O Corinthians ainda não foi notificado da existência do processo.

DECISÃOO juiz Christopher Alexander Roisin afirmou no dia 13 de maio que a competência para julgar o caso não é sua e pediu para que a ação fosse remitida para a Justiça do Trabalho, por se tratar de um caso envolvendo vínculo do tipo empregatício. Roisin também pediu para que o Ministério Público veja o processo e opine. Desta decisão, cabe recurso. Com informações da Folhapress.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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