Donald Trump confirma que grande deportação começa no domingo
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Donald Trump confirma que grande deportação começa no domingo
| IDNews | Via Notícias ao Minuto |
A operação já está gerando controvérsias e alguns grupos já entraram na Justiça contra a decisão
IDN/Internacional
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje (12), que a operação a nível nacional para identificar, deter e deportar imigrantes que estão irregulares no país começará no domingo, confirmando as informações reveladas pela imprensa norte-americana.
Segundo Trump, citado pela agência Associated Press (AP), os agentes da Agência de Imigração e de Controle de Alfândegas (ICE, na sigla em inglês) estarão focados em pessoas que entraram ilegalmente nos Estados Unidos.
O governante informou que a operação pretende tornar a situação migratória mais justa para os que aguardam há vários anos para serem cidadãos norte-americanos através de um processo legal.
Esta vaga de detenções e de deportações em massa de imigrantes indocumentados foi inicialmente anunciada em 21 de junho por Trump, mas foi posteriormente adiada em duas semanas sob o pretexto de dar tempo ao Congresso para alcançar um compromisso sobre futuras medidas de segurança para a fronteira sul do país (Estados Unidos/México).
Na quinta-feira, o jornal The New York Times informou que a operação iria começar no próximo domingo em pelo menos 10 grandes cidades dos Estados Unidos. O jornal também indicou que cerca de 2.000 imigrantes seriam visados na fase inicial da operação.
A oposição democrata denunciou e criticou esta operação de deportações em massa que qualifica como uma ameaça para pessoas que já vivem há muito tempo nos Estados Unidos, onde constituíram família.
Segundo o diário The New York Times, que citou dois atuais funcionários do Departamento de Segurança Interna e um antigo elemento dos mesmos serviços, os imigrantes clandestinos agora visados são os que entraram recentemente nos Estados Unidos. Algumas destas pessoas já teriam sido notificadas com uma ordem de deportação em fevereiro, acrescentou o jornal.
Várias associações apresentaram na quinta-feira um recurso em um tribunal de Nova York pedindo a revogação destas ordens de deportação e exigindo que os imigrantes ilegais detidos sejam ouvidos por um juiz dos serviços de migração antes de serem expulsos do país.
A luta contra a imigração ilegal tem sido uma das prioridades políticas de Donald Trump, que já descreveu como uma ameaça à segurança nacional os milhares de migrantes oriundos da América Central que têm tentado entrar nos Estados Unidos nos últimos meses.
Em junho, cerca de 104 mil pessoas foram presas ou colocadas em centros de detenção após terem atravessado ilegalmente a fronteira com o México, menos 40 mil do que em maio.
Reportagens divulgadas pela imprensa norte-americana e relatórios de ativistas de direitos civis têm denunciado a existência de condições deploráveis nos centros de detenção de migrantes sem documentação nas fronteiras do sul dos Estados Unidos, em muitos casos envolvendo crianças que são separadas dos pais e deixadas em situação de risco.
Segundo o centro de pesquisa norte-americano Pew Research Center, 10,5 milhões de imigrantes viviam ilegalmente nos Estados Unidos em 2017. Quase dois terços vivem no país há mais de uma década.