Ministério da Saúde pode ampliar a vacinação contra HPV
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Ministério da Saúde pode ampliar a vacinação contra HPV
Vírus é responsável pelo câncer de colo de útero e é o segundo tipo mais comum de tumor entre mulheres
8:59| 16/06/2016 Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde estuda a ampliação do público-alvo para a vacinação contra HPV, vírus responsável pelo câncer de colo de útero, segundo tipo mais comum de câncer entre mulheres. Hoje, meninas de 9 a 13 anos e mulheres com HIV até os 26 anos são vacinadas na rede pública. O grupo de trabalho, que reúne técnicos do ministério, representantes de sociedades médicas e pesquisadores, define até o fim do ano quem serão os próximos beneficiários. Os integrantes do grupo revisarão resultados de estudos sobre o impacto da vacinação em meninos, homens com HIV e pacientes imunodeprimidos.
“O grupo de trabalho começará a reunir-se em agosto para que possamos pensar, em curto prazo de tempo, quem deverá ser incluído como estratégia de saúde pública”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues. Ela participou, na manhã de quarta-feira (15), do lançamento da campanha Onda Contra o Câncer, sobre a importância da vacinação contra HPV, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), realizada em São Paulo.
Em 2016, a vacinação está abaixo do esperado. Em 2015, 92% das meninas tomaram as duas doses da vacina para garantir a imunização, é necessário repetir a aplicação da vacina seis meses depois da primeira dose. Neste ano, 43% das meninas de 9 a 11 anos tomaram a segunda dose.
O ministério vai propor que os municípios intensifiquem a campanha de vacinação nas escolas, uma vez que adolescentes frequentam menos consultórios médicos e postos de saúde. A vacinação nas escolas públicas e particulares é feita por profissionais das Secretarias Municipais de Saúde e esbarra na dificuldade de logística para o deslocamento de funcionários e falta de pessoal. “Temos de buscar estratégias que melhorem a cobertura”, afirmou Carla.
A preocupação é maior com a Região Norte, onde a cobertura é ainda mais baixa do que no restante do País. Outra dificuldade é a resistência de pais e mães com a vacinação a partir dos 9 anos, já que as meninas estariam longe de iniciar a vida sexual. “É importante tomar a vacina quando ela é mais eficaz. Estudos mostram que quanto mais cedo a criança recebe a vacina, maior é a produção de anticorpos e mais ela estará protegida”, afirmou.
Para a presidente da SBIm, Isabella Ballalai, é importante dissociar a ideia de que tomar a vacina tenha a ver com vida sexual precoce. “A primeira vacina que o bebê toma quando nasce é contra uma doença sexualmente transmissível, a hepatite B; 23% das meninas no início da atividade sexual com um parceiro já têm lesão no colo do útero, que dirá a infecção”, afirmou ela