Professor de Publicidade da Uniara fala sobre fotos feitas na natureza e em estúdio
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Professor de Publicidade da Uniara fala sobre fotos feitas na natureza e em estúdio
| IDNews® |Brasil | Assessoria de Imprensa Uniara|
Gabriel Arroyo também dá dicas para quem se interessa por fazer registros de aves na mata
IDN – Interior – Araraquara
O professor do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Araraquara – Uniara, Gabriel Arroyo, tem se aventurado no mundo da fotografia, em especial de aves e outros animais, na natureza. O docente faz comparações entre o processo de fotografar ao ar livre e em um estúdio, e dá dicas para bons registros, especialmente na mata.
“Na natureza, você não tem controle sobre o ambiente. As regulagens dos equipamentos vão acontecer a todo instante, e o assunto que você está fotografando não fica parado, esperando como se fosse em um estúdio. Portanto, antes de sair para registrar a natureza, é preciso definir uma certa área e estudar sua possível fauna, assim como elaborar a estratégia que vai adotar para realizar o registro, que pode ser explorando o local pelo qual vai caminhar, além do silêncio e de bastante observação”, explica o docente.
Outra diferença em relação ao estúdio, segundo ele, é que “você não comanda nada, precisa ‘seguir o fluxo’, não consegue interferir e simplesmente tem que deixar as coisas acontecerem”. “Quando você está no estúdio e ‘entra’ em determinada personagem ou situação, vai no ‘piloto automático’ e a criatividade vai fluindo. Se está fotografando um modelo ou um objeto, consegue ter o controle total. Na natureza é diferente: você a sente – frio e calor -, ouve insetos ou algum barulho na mata, ou seja, sua audição fica extremamente aguçada, assim como o olhar e a sensibilidade. São momentos que ela proporciona. Você começa a sentir as coisas e é fantástica essa combinação de elementos, principalmente se estiver sozinho. E aí, vem a emoção quando as coisas aparecem”, descreve.
Outro ponto mencionado por Arroyo é que, “na natureza, você não consegue fazer a grande maioria dos registros, diferentemente do estúdio, onde tudo está claro e você escolhe o ângulo – basicamente, faz tudo o que quer”.
Em relação ao olhar publicitário do professor, “aí é a parte legal devido à experiência de ter as imagens e saber que vai editá-las e tratá-las”. “Você tem a expertise trazida pela profissão e consegue realizar fotos em ângulos bastante interessantes, e você tenta elaborar um cenário. Dessa maneira, muitas vezes, na natureza, você sabe que a ave está próxima e pode atrai-la com comida ou cantos gravados. Ela se aproxima, então, você escolhe uma posição, um galho ou árvore que ache interessante, tenta realizar a foto na altura dos olhos, um close, por exemplo, ou em uma situação em que há uma flor ou algo muito icônico, você tenta atrair a ave até aquele local, de modo que se preocupa muito mais não só com o animal em si, mas com todo o contexto – o plano de fundo. Por ser publicitário, isso ajuda bastante a ter um contexto mais plástico e a tentar fazer um registro mais harmônico de todos os elementos que estão dentro da fotografia”, esclarece Arroyo.
A criatividade do publicitário é bastante estimulada nesses momentos. “Na mata, você pode colocar um galho seco em um lugar, apoiar a câmera, sentar-se, subir em uma árvore, deitar no chão, tudo para conseguir um bom ângulo. No estúdio, você controla ângulo, iluminação e equipamento, e tem tudo ao seu alcance. Já na natureza, você anda muito para chegar a um local ou até mesmo para explorá-lo. Então a questão ‘peso’ é importante, ou seja, você não pode ficar levando muito equipamento. Não dá para levar um spot, sendo que não há nem tomada, mas pode-se levar um flash, um tripé e o que cabe na mochila – geralmente uma câmera, uma lente teleobjetiva e uma lente menor, se quiser registrar insetos ou a flora”, detalha o professor.
Dicas para fotografar aves na mata
É na natureza que Arroyo tem se dedicado a fazer grande parte de seus registros. “É caminhar, delimitar um campo, tentar ouvir e fotografar o maior número possível de espécies, inicialmente só para entender o que tem ali. Algumas espécies de aves, por exemplo, têm relações comuns, e você consegue, por meio de guias e livros, saber quais são correlacionadas, então, se existe uma determinada espécie, mesmo que você não fotografou uma outra, é muito provável que ela possa estar lá.São formas de facilitar um pouco o encontro, mas é óbvio que surpresas aparecerão o tempo todo”, comenta.
Já sabendo o que existe ali, “é interessante tentar trabalhar com emboscada, ou seja, você já vai para fotografar determinada espécie e se prepara para isso, fica camuflado e espera o animal aparecer”.“É um dos tipos de fotografia que mais gosto, onde você está à mercê da natureza. Depois, vê a estratégia que vai usar – se é uma mata fechada ou aberta, sendo que na fechada, você precisa de muita iluminação ou determinada lente que permite a entrada de muita luz. Também é interessante levar um gravador para registrar o áudio e reproduzi-lo, para atrair as aves”, explica o professor.
Em relação à iluminação, “ou você realiza as fotografias bem de manhã ou bem no final da tarde”. No período da manhã, por exemplo, “se está em uma mata fechada, onde o sol realmente não bate direto, consegue ficar até mais tarde – por volta das 11h; no entanto, se está em local aberto, só com arbustos, é melhor ficar até por volta das 9h30 no máximo, ou a luz ficará muito dura e a sombra, muito nítida, o que vai atrapalhar a fotografia”, aponta.
Um grande desafio, para Arroyo, é o ângulo. “Vai ser muito difícil escolhê-lo e encontrar uma ave que ficará parada. No máximo, ela ficaria por cerca de dez segundos, se for tranquila. Assim, o fotógrafo geralmente tenta fazer registros na altura dos olhos, e é preciso ser rápido para se tentar um enquadramento um pouco diferente”, instrui o docente.
O uso de playback é mais um recurso para esse tipo de registro, mas com ressalva. “Existem aplicativos com cantos e informações sobre as aves de cada bioma. Com eles, o pássaro tem muitas chances de se aproximar. No entanto, isso não deve ser muito utilizado porque ele fica mais agitado, de modo que você não consegue fazer uma fotografia tão natural”, alerta.
Para iniciantes, as dicas são simples. “No seu quintal ou sítio, faça um comedor, que é uma tábua pregada em uma haste fincada no chão, coloque banana e um pouco de quirela no chão, e você verá que muitas aves começarão a se aproximar e irão se acostumar ao lugar. Assim, você conseguirá fazer o registro. Outra sugestão é ir a praças ou locais urbanos aos quais elas estão mais acostumadas com seres humanos. Comece com o celular, mas também indico câmeras com super zoom, que não são tão caras, e você terá uma boa qualidade de registro”, finaliza Arroyo.
Informações sobre o curso de Publicidade e Propaganda da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.