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Suposto repassador de proprinas bancou loft de R$ 32 mil a Gleisi, diz PF


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Suposto repassador de proprinas bancou loft de R$ 32 mil a Gleisi, diz PF
Guilherme de Salles Gonçalves teria usado seu escritório em Curitiba para bancar despesas de caráter eleitoral da petista

9:14| 28/06/2016
Investigação – Propinas

O advogado Guilherme de Salles Gonçalves, suposto repassador de propinas para o ex-ministro Paulo Bernardo, bancou R$ 32 mil referentes a custos de um loft alugado em Brasília para uso da senadora Gleisi Hoffmann durante a campanha de 2010. A conclusão chega através da Operação Custo Brasil, da Polícia Federal, que prendeu o profissional no domingo (26), no aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos, quando chegou de uma viagem a Portugal.

De acordo com as investigações, o advogado teria usado seu escritório em Curitiba para bancar despesas de caráter eleitoral da petista. Gleisi é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal. Ela detém foro privilegiado perante a Corte.

Além do advogado tiveram a prisão decretada outros dez alvos da operação, que investiga o esquema Consist, entre eles Paulo Bernardo. O esquema Consist é um suposto desvio de R$ 100 milhões a partir de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, na gestão do marido de Gleisi.

Parte daquele montante, em torno de R$ 7 milhões, teria sido repassada para o escritório de Gonçalves, ligado ao PT – do escritório teria saído a propina para Paulo Bernardo, no mesmo valor.

A defesa do ex-ministro Paulo Bernardo disse, em nota, que “o depoimento de Guilherme Gonçalves deixa claro que Paulo Bernardo não se beneficiou de maneira alguma dos valores que foram recebidos da Consist”.

A assessoria de Gleisi Hoffmann também publicou nota. “Nem em pesadelos eu teria sido capaz de supor que estaria aqui, nesta tribuna, para defender meu marido de uma prisão”, declarou Gleisi, com a voz embargada. “Mas aqui estou para apontar uma injustiça, sentindo na própria pele o que aflige diariamente milhares de pessoas atingidas pelo abuso do poder legal e policial. Aqui estou, serena e humilde, mas não humilhada”.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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