Maranhão confunde aliados e se aproximar de PT, PCdoB e DEM
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Maranhão confunde aliados e se aproximar de PT, PCdoB e DEM
O presidente interino da Câmara dos Deputados se afastou de Eduardo Cunha e líderes do centrão
9:38| 11/07/2016 Waldir Maranhão
O presidente interino da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão (PP-MA) tem tomado atitudes que surpreendem os seus colegas. Após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Maranhão tem dado sinais trocados que confundem aliados e adversários.
A reportagem do jornal O Globo destaca que Waldir Maranhão tem ligação com o governador Flávio Dino (PCdoB) e espera apoio dele para disputar o Senado nas próximas eleições. Essa aproximação tem norteado alguns de seus passos políticos.
Maranhão também está magoado com alguns críticas feitas por Eduardo Cunha e isso influencia nas suas ações. Waldir admitiu a aliados que deu quatro decisões favoráveis a Cunha no Conselho de Ética, o que ajudou a atrasar o andamento do processo, e que, mesmo assim, Cunha disse que a Câmara está “acéfala” e governada por uma “interinidade bizarra”.
Maranhão tem se desvinculado de Eduardo Cunha e dos líderes do centrão e se aproximado aos deputados da esquerda. Uma conversa dele com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vista com desconfiança por peemedebistas.
Além disso, a publicação cita que o presidente interino fez na sexta-feira um gesto importante para o PCdoB e deputados da esquerda ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE): cancelou a CPI para investigar indícios de irregularidades de uso de recursos públicos pela entidade. A CPI foi criada por Cunha, atendendo a pedido do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Ainda de acordo com O Globo, um interlocutor de Temer frizou que há urgência em se realizar a eleição para a presidência da Câmara muito pela instabilidade provocada pela permanência de Maranhão no cargo. “O Maranhão joga para todo lado. Está jogando agora com Rodrigo Maia e tem a influência do Flávio Dino. Ele conversou também com Lula, que deve ter vendido terrenos na Lua para ele”, avaliou um auxiliar do Palácio do Planalto.