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A descoberta de um novo mundo


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A descoberta de um novo mundo
Cavando o Cerrado e outros ecossistemas inflamáveis do mundo
20FEV2018|  7:00 - Unan-Ag: Notícias Unesp   - Foto:  © ACI - Unesp
 O Cerrado é a savana tropical mais rica em espécies do mundo, com uma grande diversidade de fisionomias e lindas paisagens. O que muitos não sabem é que o Cerrado tem uma grande capacidade de armazenamento de carbono, sendo uma importante reserva, principalmente na sua parte subterrânea. Infelizmente, pouca atenção é dada à vegetação campestre e savânica, principalmente quando tratamos de estoques de carbono, sendo apenas as florestas destaque. Mas o que pouco se sabe é que grande do carbono destes ecossistemas está “escondido” e protegido debaixo da terra.

Podemos dizer que o Cerrado é uma “floresta de ponta cabeça”, pois em algumas fisionomias mais abertas, como o campo sujo, a maior parte da biomassa (e do carbono) está concentrada abaixo do solo, principalmente nos órgãos subterrâneos (como por exemplo rizomas, xilopódios, raízes tuberosas, etc). Estes órgãos, além de terem importante função de reserva, também são estruturas que contém gemas, de onde se formarão ramos aéreos. Este banco de gemas tem grande importância nestes ecossistemas, pois o fogo é um fator frequente de distúrbio, que consome a biomassa aérea, sendo que muitas vezes, a regeneração da vegetação dependerá da germinação de sementes ou do rebrote de gemas protegidas abaixo do solo, ou por estruturas como cascas grossas.

Um artigo recentemente publicado na New Phytologist (vol 217: 1435-1448) traz uma revisão da nomenclatura destes órgãos, descrição, chave de identificação, assim como faz uma análise evolutiva e ecológica destes órgãos nos diferentes ecossistemas do mundo, onde o fogo tem um importante papel, como o Cerrado. Além disso, este artigo reuniu um banco de dados com mais de 2000 espécies do mundo todo, sendo uma iniciativa inédita que servirá de consulta e base para diversos estudos. Este artigo reuniu pesquisadores de diferentes países (Espanha, Chile, Brasil e Austrália) e de diferentes áreas de conhecimento (Ecologia, Evolução, Anatomia e Morfologia).

As professoras Dra Alessandra Fidelis (Unesp – Rio Claro) e a Dra Beatriz Appezzato-da-Glória (ESALQ-USP) participaram deste estudo. Elas já vêm trabalhando juntas há vários anos, unindo a anatomia e morfologia com ecologia, focando principalmente na diversidade destes órgãos subterrâneos, suas funções e o banco de gemas em ecossistemas onde o fogo tem um papel importante.

 

Artigo e material complementar acessível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/nph.14982/full

 

Contato da pesquisadora: afidelis@rc.unesp.br

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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