A neurociência na fisioterapia
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Professora da Uniara aborda a reabilitação de pacientes lesionados
“A neurociência é definida como uma ciência que aborda a compreensão do desenvolvimento, do aspecto químico, da estrutura, da função e da patologia do sistema nervoso, ou seja, inclui os estudos sobre nosso cérebro e sobre a medula espinhal. Gosto muito citar o professor Roberto Lent, que diz: ‘O que chamamos de neurociência é na verdade neurociências’”, menciona a professora do curso de Fisioterapia da Universidade de Araraquara – Uniara, Ana Claudia Nunciato.
Ela conta que as patologias neurológicas mais comuns são: acidente vascular cerebral – derrame, doença de Parkinson, doença de Alzheirmer e a lesão medular, “entre outras, como as escleroses múltipla e lateral amiotrófica”. “Vejo que a neurociência atua na fisioterapia de forma ímpar. Por exemplo, qualquer reaprendizado de um gesto motor, após uma lesão cerebral ou medular, faz parte da plasticidade que nosso sistema nervoso possui e, por isso, acreditamos em melhoras funcionais para o paciente, mesmo com a presença de sequelas. Claro, depende do grau, da extensão e da gravidade em que a lesão comprometeu as funções do indivíduo. Ao contrário, quando pensamos no desenvolvimento infantil, o mesmo pode acontecer por meio da plasticidade neural”, esclarece.
Existe um grande número de pesquisas sendo realizadas em relação à neurociência na fisioterapia, de acordo com a docente. “Há algumas de fácil acesso, outras mais custosas, mas tudo isso sendo realizado com práticas baseadas em evidências, ou seja, levando em consideração a preferência do paciente, a melhor evidência científica e a expertise do profissional. Tem paciente que gosta de tecnologia na sessão, mas tem aquele que não se sente confortável. Muitos avanços já foram feitos, como por exemplo, neuromodulação para pacientes com lesões do sistema nervoso central, mas os recursos são, em sua maioria, associados aos exercícios, que possuem grande evidência científica na neurociência do movimento”, aponta Nunciato.
O estudo contínuo do cérebro é algo desafiador, mas muito recompensador, na opinião da professora. “Entender e compreender como o cérebro do paciente se comporta durante um atendimento é fascinante. Vejo que muitas áreas, além da de fisioterapia neurofuncional do adulto e da criança, também podem se beneficiar com a neurociência”, comenta.
Nunciato, que anualmente promove o evento Neuroférias, aproveita para convidar alunos de graduação e ex-alunos de edições anteriores para participarem da sexta edição da atividade, programada para o meio do ano. “É um curso de férias sobre neurociências realizado sempre no mês de julho, organizado para que os interessados possam ter mais contato com essa área. Em meados de maio, começaremos a divulgação, mas quem quiser, pode nos seguir pelo Instagram – @neuroferias – e acompanhar as novidades”, finaliza a docente.
Informações sobre o curso de Fisioterapia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.
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