Abel Ferreira assume culpa por 2º tempo ruim e explica testes: ‘Sou meio maluco’
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Abel Ferreira assume culpa por 2º tempo ruim e explica testes: ‘Sou meio maluco’
O Palmeiras viu sua produção ofensiva cair drasticamente e passou a recuar depois das alterações de Abel Ferreira
A queda de rendimento do Palmeiras no segundo tempo contra a Chapecoense é fruto dos erros de Abel Ferreira. A avaliação é do próprio treinador, que assumiu culpa na atuação ruim da equipe nos últimos 45 minutos, muito diferente da etapa inicial, na qual o time alviverde teve uma excelente apresentação coletiva e decidiu o jogo, com gols de Raphael Veiga e Luiz Adriano.
O Palmeiras viu sua produção ofensiva cair drasticamente e passou a recuar depois das alterações de Abel Ferreira. O treinador fez três mudanças no intervalo, lançando mão do zagueiro Renan, do lateral-direito Gabriel Menino e do meio-campista Matheus Fernandes, e deixando a equipe com três zagueiros, muito recuada. Wesley, que havia sido um dos melhores no primeiro tempo, foi um dos substituídos. Sua saída foi determinante para a queda de performance.
“No segundo tempo não jogamos bem e a culpa é minha”, admitiu o inquieto treinador na entrevista coletiva pós-jogo. “Sou engenhoca, arrisco muito através das ideias que tenho, mas a equipe jogou mal. Queria ver uma dinâmica. Não tivemos a mesma fluidez. Mudei três jogadores, posições e o culpado sou eu por não ter um jogo tão fluido como na primeira parte. Queria ver uma situação e arrisquei. A vida é feita de risco, cometemos erros. Mesmo assim tivemos oportunidades para fazer o terceiro. Procurei pensar na frente”, justificou-se.
O técnico chegou até a, durante o segundo tempo, inverter o posicionamento de Gustavo Gómez e Luan na zaga. Acostumado a fazer alterações de jogadores e táticas, o enérgico treinador afirmou ser “meio maluco” em alguns momentos. “Sou um treinador jovem, gosto de fazer coisas fora da caixa. Eu erro, perco. Às vezes sou idiota. Mas sei o que faço, o que quero. Sei de onde vim, onde estou e onde quero chegar. E os meus jogadores acreditam em mim e eu acredito neles. Isso me faz ter a convicção de que todo jogador pode atuar em qualquer posição”, argumentou.
“A nossa obrigação hoje era ganhar e ponto. Somos melhores, não adianta. A Chapecoense está numa posição não muito boa. É uma equipe que tem que melhorar seus processos”, completou.
O fim da seca de Luiz Adriano, que voltou a balançar as redes depois de três meses, também foi assunto na entrevista. Muito criticado, o atacante conviveu com uma lesão no joelho “que ninguém sabe o que era”, segundo ele, e levou uma bronca da diretoria por atuações ruins consecutivas até dar uma resposta positiva neste sábado em Chapecó.
“Não queria puxar a fita pra trás. A temporada começou difícil pra ele por diversas circunstâncias. Teve problemas físicos e volto a repetir: todos os jogadores do elenco do Palmeiras são importantes. Nenhum é importante individualmente”, afirmou Abel, feliz com o fato de ter todos os atletas à disposição. Zé Rafael não atuou diante da Chapecoense por estar suspenso e Danilo foi baixa por conta de um trauma no tornozelo esquerdo, mas não deve ser desfalque na Libertadores, terça-feira, no duelo de ida da semifinal com o Atlético-MG.
“O que queremos é ter todos disponíveis e temos isso nesse momento, o que é espetacular. Fruto da nossa organização e do trabalho do Núcleo de Saúde e Performance. Quero ter dores de cabeça para deixar jogadores fora. Hoje deixamos o Scarpa fora, por exemplo. Falo pra eles estarem prontos para servir ao Palmeiras sempre”, acrescentou o português.
O time de Abel Ferreira é vice-líder do Brasileirão, com 38 pontos, e espera seguir pontuando para não ver o líder Atlético-MG abrir vantagem, nem ser ultrapassado pelo Flamengo, terceiro colocado e que tem dois jogos atrasados.
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