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Abel Ferreira tentará repetir estrangeiros que revolucionaram o Palmeiras


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Abel Ferreira tentará repetir estrangeiros que revolucionaram o Palmeiras

| IDNews® |Estadão Conteúdo | Via Notícias ao Minuto |Brasil|

A presença de estrangeiros no Palmeiras teve início na década de 1920

ÏDN – ESPORTES

Oécnico português Abel Ferreira vai estrear pelo Palmeiras nos próximos dias com a expectativa de defender uma longa tradição do clube em ter bons resultados com treinadores de outros países. Antes dele, outros 22 estrangeiros (sete europeus) assumiram a equipe e alguns até foram capazes de transformar a história e conquistar títulos importantes.

A presença de estrangeiros no Palmeiras teve início na década de 1920. O clube formado por imigrantes italianos recorreu a vários compatriotas para comandar a equipe. Por isso, os dirigentes do então Palestra Itália buscaram na Europa treinadores renomados para dirigir elencos formados por jogadores amadores. O choque cultural gerou até mesmo situações inusitadas, como a enfrentada pelo italiano Attilio Fresia em 1921. O exigente treinador acabou demitido por brigar com os atletas.

Além de italianos, a história alviverde teve somente uma outra nacionalidade europeia à frente do time. Dois húngaros foram técnicos entre 1929 e 1932. Mas os dois maiores técnicos estrangeiros do Palmeiras vieram da América do Sul. O uruguaio Ventura Cambón venceu o Paulista de 1950 e no ano seguinte liderou a equipe na conquista da Copa Rio.

Na década seguinte, o argentino Filpo Núñez foi o comandante de um time fortíssimo e conhecido como Academia, termo lembrado até hoje com orgulho e utilizado para batizar o centro de treinamento do clube. Nomes como Valdir de Morais, Djalma Dias, Djalma Santos, Julinho, Ademir da Guia e Servílio faziam parte do elenco.

Núñez teve tamanho sucesso com o Palmeiras que chegou a dirigir a seleção brasileira em uma partida em 1965 e até hoje é lembrado no clube pelo estilo boêmio e pela expressão “pim, pam, pum, gol”, utilizada para explicar ao elenco o estilo de jogo com toques de primeira e com proposta ofensiva.

“O Núñez foi o maestro da Academia. O time tinha muitos craques, mas ele conseguiu organizar todos para atuarem em um estilo de jogo fluído, organizado e ofensivo. Todos os gols mais rápidos da história do Palmeiras foram na época dele, graças ao estilo vertical de jogo”, contou Fernando Galuppo, historiador do Palmeiras.

Por outro lado, a presença estrangeira nem sempre deu certo. Em 2014, o argentino Ricardo Gareca durou só 13 jogos e foi demitido após maus resultados.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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