Aliados de Doria cobram posição de Bruno Araújo contra ‘golpe’
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Aliados de Doria reclamam do silêncio do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que é coordenador da pré-campanha do governador.
Aliados do governador João Doria se mobilizaram contra o que chamam de tentativa de “golpe” contra sua pré-candidatura e cobram do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, um posicionamento contundente em defesa do resultado das prévias presidenciais tucanas realizadas no ano passado.
Assediado pelo PSD, que sinalizou que lançaria sua candidatura ao Palácio do Planalto, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que foi derrotado por Doria nas prévias, vai deixar o cargo na próxima segunda-feira e deve anunciar sua permanência no partido.
Liderado pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG), o grupo que faz oposição a Doria no PSDB acredita que pode reverter o resultado das prévias na convenção do partido, em junho. Segundo reportagem do Estadão, o “Dia do Fico” no PSDB seria uma estratégia que prevê a possibilidade de um acordo com o MDB e o União Brasil para o lançamento de uma candidatura única ao Planalto.
Aliados de Doria reclamam do silêncio do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que é coordenador da pré-campanha do governador.
“Esperamos uma manifestação do Bruno (Araújo) para garantir que a democracia interna seja respeitada”, disse Fernando Alfredo, presidente do PSDB da capital paulista. “Eles não tem embasamento jurídico para contestar o resultado e apostam no desgaste do João (Doria). Qualquer tentativa de revogar as prévias seria um golpe”, concluiu o dirigente.
Procurado, Araújo não foi localizado.
“A permanência do Eduardo (Leite) é bem vinda. Mas pelo estatuto as prévias são irrevogáveis. Não tem como voltar atrás. A convenção é meramente homologatória”, disse o tesoureiro nacional do PSDB, Cesar Gontijo, que é aliado de Doria.
O estatuto tem brechas que permitiriam a revogação das prévias na convenção, que é a instância máxima do partido. Os “dissidentes” podem tentar reunir a maioria dos delegados no evento partidário, em junho, e assim tentar revogar a disputa interna.
Essa manobra, porém, abriria uma disputa sem precedentes na sigla e poderia ser judicializada pelo grupo do governador paulista.
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