Aluna de Farmácia da Uniara estuda potencial terapêutico de veneno de jararaca no tratamento da leucemia e do linfoma
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Projeto de Geovanna Maria Malachias Pires foi contemplado com bolsa da FAPESP
A aluna do curso de Farmácia da Universidade de Araraquara – Uniara, Geovanna Maria Malachias Pires, foi contemplada com uma bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, pelo trabalho “Avaliação da atividade citotóxica de peçonhas botrópicas em linfoma e leucemia: explorando potenciais agentes antitumorais”, orientado pela professora Manuela Berto Pucca.
“O projeto tem como propósito avaliar o potencial terapêutico dos venenos de diferentes espécies de jararacas no tratamento da leucemia e do linfoma, que nada mais são que tipos de tumores das células presentes no sangue, visando à identificação de novos tratamentos que possam contribuir para o desenvolvimento de fármacos antitumorais promissores. É realizado em parceria com a Unesp por meio do Laboratório de Imunologia e Toxinologia – ItoxLab, onde são realizados estudos com venenos, antivenenos, envenenamentos e anticorpos monoclonais”, explica Pires.
O estudo está em andamento. “Nossos resultados preliminares indicam que alguns venenos testados apresentam capacidade de eliminar células cancerígenas. No entanto, ainda serão necessários estudos complementares para se confirmar e aprofundar esse resultado. O câncer é uma enfermidade com alta taxa de mortalidade, representando mais de 12% dos óbitos e sendo a segunda principal causa de morte no mundo. No Brasil, o câncer figura entre as condições de saúde mais desafiadoras para o Sistema Único de Saúde – SUS, destacando-se as leucemias e os linfomas como neoplasias de relevância para a saúde pública”, salienta Pires.
Ela menciona que, de acordo com dados epidemiológicos, em 2017, houve 4.795 óbitos por leucemia e cerca de 5.123 óbitos por linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin no país. “Além disso, estimativas do Instituto Nacional do Câncer – INCA apontam para um número significativo de novos casos entre 2023 e 2025, com 12.040 casos estimados de linfoma não Hodgkin – 6.420 em homens e 5.620 em mulheres – e 3.080 casos de linfoma de Hodgkin – 1.500 em homens e 1.580 em mulheres -, enquanto a leucemia é estimada em 11.540 casos – 6.250 em homens e 5.290 em mulheres”, detalha a aluna.
Nesse contexto, o projeto visa, segundo ela, a não apenas ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade do Brasil, mas também a contribuir para a pesquisa de tratamentos inovadores e eficazes contra doenças que impactam a saúde da população. “A importância desse esforço vai além da saúde, alcançando o fortalecimento da economia nacional por meio da exploração sustentável dos recursos naturais. Assim, o projeto não apenas está em consonância com o compromisso de preservação da biodiversidade, mas também apresenta uma perspectiva promissora para a pesquisa científica e o desenvolvimento econômico do país”, destaca Pires.
Em relação à parceria entre a Uniara e a Unesp para esse estudo, a coordenadora do curso de Farmácia da Uniara, Patrícia Sigilló Mazzoni Bernardi, conta que o professor Adilson César Abreu Bernardi faz parte do ItoxLab “e encaminha nossos alunos para lá”. “Como coordenadora, fiquei imensamente feliz pela conquista da aluna, que sempre foi muito dedicada e sonhava em conhecer a área de imunologia. Ela nos procurou em 2023, no início do ano, para falar do seu sonho, e o professor Adilson a orientou sobre como proceder para entrar nesse grupo na Unesp. É uma excelente e compromissada aluna”, finaliza a docente.
Informações sobre o curso de Farmácia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.
| IDNews® | Beto Fortunato | Via Assessoria de Imprensa Uniara|
