Aluna de Odontologia da Uniara estuda métodos terapêuticos para casos de anormalidades sensoriais cutâneas após cirurgia ortognática
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Aluna de Odontologia da Uniara estuda métodos terapêuticos para casos de anormalidades sensoriais cutâneas após cirurgia ortognática
Estudo de Isabela Aparecida de Anunzio foi contemplado pelo PIBIC/CNPq da universidade
05AGO2017| 10:22 - Assessoria de imprensa da Uniara
A estudante do segundo ano do curso de Odontologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Isabela Aparecida de Anunzio, começou a desenvolver o estudo “Efeito do tratamento farmacológico associado ou não ao laser de baixa intensidade na recuperação neurossensorial após osteotomia sagital do ramo”. O trabalho, orientado pela professora Karina E. Dela Coleta Pizzol e coorientado pela docente Thallita Pereira Queiroz, foi contemplado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq da instituição.
“A parestesia é caracterizada pela ausência ou redução de sensibilidade dos dentes e dos tecidos moles da região mandibular, provocada por fatores mecânicos, patológicos, físicos, químicos ou microbiológicos. Sua ocorrência é considerada comum no pós-operatório imediato de cirurgias ortognáticas envolvendo a mandíbula, e manifesta-se por meio de sensações anormais de ardência, formigamento, dormência ou de perda parcial de sensibilidade, podendo ser temporária ou permanente na região do mento e do lábio inferior”, explica a aluna.
Ela conta que diversos tipos de tratamento têm sido propostos para esse problema, como a administração de medicamentos, fisioterapia local, estimulação elétrica, cirurgia para reparação nervosa e aplicação de laser em baixa intensidade, entre outros. “Contudo, as pesquisas científicas atuais têm focado suas atenções na regeneração neural, buscando meios de torná-la mais rápida e eficaz. Drogas exibindo características neurotrópicas e imitando fatores de crescimento neural, como é o caso do Etna, são caminhos a serem testados para recuperação de lesões neurais”, comenta.
De acordo com Isabela, o composto UTP/CMP/hidroxi-cobalamina, comercializado sob o nome Etna®, é atualmente testado para lesões neurosenssoriais de origem traumato-ortopédicas, sendo sua ação sobre a regeneração neurossendorial pós-cirurgia ortognática pouco conhecida. “A motivação desse estudo baseia-se na escassez de artigos científicos que abordem a eficácia e protocolos seguros para o uso de novas opções terapêuticas disponíveis no mercado, como é o caso do medicamento Etna® e da laserterapia. Por esta razão, decidiu-se investigar a eficácia desse medicamento associado ou não ao uso de laser de baixa intensidade nos casos em que o paciente apresente perda de sensibilidade na região mandibular após a realização da cirurgia ortognática”, esclarece.
O projeto, em fase inicial de desenvolvimento, está com o início da pesquisa programado para o mês de agosto, com a coleta dos dados. “O estudo é inédito e não temos trabalhos comparativos”, diz a estudante.
Com o trabalho, ela aponta que espera comprovar a eficácia do medicamento Etna® e do laser de baixa intensidade como métodos terapêuticos de casos de anormalidades sensoriais cutâneas após cirurgia ortognática. “De forma mais ampla, espera-se que, com essa pesquisa, possamos melhorar a função mastigatória, a fala e a qualidade de vida de pacientes com alterações sensoriais onde tentativas prévias mal sucedidas de outras técnicas de reabilitação sensorial, criaram frustrações e limitações das funções do sistema estomatognático”, finaliza.
Informações sobre o curso de Odontologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.