Alunos americanos fazem estágio em biotecnologia no IBTEC Unesp
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Empolgados com a experiência, jovens de faculdade da Flórida ficarão 3 semanas em Botucatu
13:11 |Ag: Notícias Unesp | 2018JUL23 |
Pró-Reitor de Pesquisa da Unesp, o professor Carlos Graeff acredita que a internacionalização é muito importante para a melhoria do ensino e da pesquisa realizada na Universidade.
“A troca de experiências com alunos e docentes do exterior enriquece o ambiente acadêmico. Notável neste caso é o fato de alunos americanos estarem estagiando aqui. O fluxo mais comum na relação Brasil-EUA é o de alunos brasileiros estagiarem nos EUA. Este é, portanto, um claro indicador da qualidade da pesquisa e da infraestrutura que o IBTEC oferece, motivo de orgulho para toda a nossa comunidade acadêmica”, afirmou Graeff.
Empolgação
Os alunos da faculdade americana estão entusiasmados com o estágio na Unesp.
“Nessa jornada, já fiz vários experimentos pela primeira vez depois de ter lido apenas sobre eles em livros didáticos, como a extração de DNA para testar a presença de um vírus específico dentro de suínos e assim saber quais poderiam ser vacinados para prevenir a infecção. Também já fiz cultura de células e a extração de RNA para ver como a expressão de certos genes, quando na presença de certos vírus, pode afetar o crescimento ou a inibição do câncer. Para um estudante de bacharelado do primeiro semestre, todas estas experiências, realmente, abrem a mente às possibilidades disponíveis para resolver diferentes tipos de problemas que o mundo enfrenta atualmente. Tem sido mais empolgante e desafiador do que assistir a qualquer aula, palestra em PowerPoint ou ler livros”, afirmou Rorie Oglesby.
“A pesquisa conduzida aqui é verdadeiramente inovadora e pode ajudar a resolver os problemas atuais do mundo. Todos os professores e alunos do IBTEC não são apenas especialistas em protocolos e técnicas, mas também extremamente acolhedores. Realmente tem sido uma experiência incrível”, comentou Clay Abraham.
Já Katherine Robinson destaca que a vivência em Botucatu tem contribuído muito para o crescimento dela como cientista.
“O corpo docente tem sido muito gentil em compartilhar sua experiência e conhecimento conosco. Todos os dias aprendo muitas técnicas e aplicações científicas novas, mas são as pessoas, a cultura e a experiência no Brasil que mais me inspiraram”, relatou.
Parceria
O estágio no Brasil é resultado da parceira do Santa Fe College com a Unesp, que teve início em 2013 com a assinatura do Memorandum of Understanding, resultado do trabalho das professoras Regiani Zacarias, do Departamento de Línguas Modernas da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp Assis, e Vilma Fuentes, Pró-Reitora de Internacionalização do Santa Fe College.
No ano de 2016, a Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPe) financiou a visita técnica ao Santa Fe College (SFC) do professor de biotecnologia da Unesp Assis, Dario Palmieri, e nos anos de 2017 e 2018 os professores Adriano Mondini, de Araraquara, e Celso Luís Marino, de Botucatu, também realizaram visitas técnicas ao SFC através do Projeto de Desenvolvimento de Capacidade (Capacity Building Grant), financiado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos e administrado pela Partners of the Americas.
O primeiro contato com a Unesp da professora Maruniak, que orienta o grupo de estudantes dos Estados Unidos, foi em 2014, quando representou a faculdade americana no primeiro Programa de Intercâmbio de Professores com a Universidade. Na época, sugeriu que fosse criado o estágio internacional “for-credit” de biotecnologia para estudantes de Santa Fe College, que se realiza agora pela primeira vez.
Maruniak trabalhou como pesquisadora na Universidade da Flórida por 22 anos antes de ingressar para a equipe do SFC em 2012. Ela é bacharel em biologia pela USP, com mestrado em genética de microorganismos e doutorado em genética molecular pela Unicamp.
“Um objetivo importante do Santa Fe College é a internacionalização dos nossos estudantes. A oportunidade de estágio internacional aqui no IBTEC da Unesp, no Brasil, país que eu levo sempre perto do coração, permite aos alunos conhecerem as diferentes aplicações científicas em biotecnologia e ao mesmo tempo perceberem que não existem fronteiras na ciência. Além de tudo isso, temos o conhecimento cultural gerado por essa interação, o que é inesquecível”, avaliou Maruniak.
O programa de estágio foi financiado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Os recursos permitiram à professora Maruniak, ao longo do ano passado, estabelecer contatos com os câmpus de Botucatu, Araraquara e Assis e fortalecer o intercâmbio entre as duas instituições.