Araraquara

Alunos americanos fazem estágio em biotecnologia no IBTEC Unesp


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Alunos americanos fazem estágio em biotecnologia no IBTEC Unesp
   Empolgados com a experiência, jovens de faculdade da Flórida ficarão 3 semanas em Botucatu
13:11 |Ag: Notícias Unesp | 2018JUL23 |
Clay, Martha, Katherine e Rorie, a professora Alejandra e o coordenador do IBTEC Celso Luis Marino (da esq. para dir.)
Quatro estudantes norte-americanos do Santa Fe College, de Gainsville, Flórida, Estados Unidos, realizam estágio em biotecnologia no Instituto de Biotecnologia (IBTEC) da Unesp, em Botucatu, por três semanas neste mês de julho, com aproveitamento de créditos.
Clay Abraham, Martha Young, Katherine Robinson, Rorie Oglesby são orientados pela professora Associada de Biotecnologia do Centro Perry de Tecnologias Emergentes, ligado à instituição da Flórida, Alejandra Maruniak.
“A presença da delegação internacional no IBTEC mostra o reconhecimento da qualidade dos nossos laboratórios e da investigação científica realizada no Instituto. Outro aspecto importante foi a oportunidade que se abriu para a troca de experiências entre os alunos americanos e os brasileiros e deles com os docentes. Diálogo que contribui para o ensino e a pesquisa na Universidade”, declarou o coordenador executivo do IBTEC, professor Celso Luís Marino.
Durante esse período de estágio, os alunos de graduação aprendem várias aplicações das técnicas moleculares utilizadas nas diversas áreas de pesquisa desenvolvidas no Instituto, por meio do acesso aos laboratórios nas áreas de biotecnologia florestal, vírus animal, diagnóstico molecular em veterinária, carcinogênese viral, análises genéticas de doenças infecciosas e o banco de germoplasma vegetal. São os responsáveis por esses laboratórios, respectivamente, os professores do IBTEC Celso Luis Marino, Ângelo José Magro, João Pessoa de Araújo Júnior, Deilson de Oliveira, Paulo Ribolla e Mário Luiz Teixeira de Moraes, do câmpus de Ilha Solteira.

Pró-Reitor de Pesquisa da Unesp, o professor Carlos Graeff acredita que a internacionalização é muito importante para a melhoria do ensino e da pesquisa realizada na Universidade.

“A troca de experiências com alunos e docentes do exterior enriquece o ambiente acadêmico. Notável neste caso é o fato de alunos americanos estarem estagiando aqui. O fluxo mais comum na relação Brasil-EUA é o de alunos brasileiros estagiarem nos EUA. Este é, portanto, um claro indicador da qualidade da pesquisa e da infraestrutura que o IBTEC oferece, motivo de orgulho para toda a nossa comunidade acadêmica”, afirmou Graeff.

Empolgação
Os alunos da faculdade americana estão entusiasmados com o estágio na Unesp.

“Nessa jornada, já fiz vários experimentos pela primeira vez depois de ter lido apenas sobre eles em livros didáticos, como a extração de DNA para testar a presença de um vírus específico dentro de suínos e assim saber quais poderiam ser vacinados para prevenir a infecção. Também já fiz cultura de células e a extração de RNA para ver como a expressão de certos genes, quando na presença de certos vírus, pode afetar o crescimento ou a inibição do câncer. Para um estudante de bacharelado do primeiro semestre, todas estas experiências, realmente, abrem a mente às possibilidades disponíveis para resolver diferentes tipos de problemas que o mundo enfrenta atualmente. Tem sido mais empolgante e desafiador do que assistir a qualquer aula, palestra em PowerPoint ou ler livros”, afirmou Rorie Oglesby.

“A pesquisa conduzida aqui é verdadeiramente inovadora e pode ajudar a resolver os problemas atuais do mundo. Todos os professores e alunos do IBTEC não são apenas especialistas em protocolos e técnicas, mas também extremamente acolhedores. Realmente tem sido uma experiência incrível”, comentou Clay Abraham.

Já Katherine Robinson destaca que a vivência em Botucatu tem contribuído muito para o crescimento dela como cientista.

“O corpo docente tem sido muito gentil em compartilhar sua experiência e conhecimento conosco. Todos os dias aprendo muitas técnicas e aplicações científicas novas, mas são as pessoas, a cultura e a experiência no Brasil que mais me inspiraram”, relatou.

Parceria
O estágio no Brasil é resultado da parceira do Santa Fe College com a Unesp, que teve início em 2013 com a assinatura do Memorandum of Understanding, resultado do trabalho das professoras Regiani Zacarias, do Departamento de Línguas Modernas da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp Assis, e Vilma Fuentes, Pró-Reitora de Internacionalização do Santa Fe College.

No ano de 2016, a Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPe) financiou a visita técnica ao Santa Fe College (SFC) do professor de biotecnologia da Unesp Assis, Dario Palmieri, e nos anos de 2017 e 2018 os professores Adriano Mondini, de Araraquara, e Celso Luís Marino, de Botucatu, também realizaram visitas técnicas ao SFC através do Projeto de Desenvolvimento de Capacidade (Capacity Building Grant), financiado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos e administrado pela Partners of the Americas.

O primeiro contato com a Unesp da professora Maruniak, que orienta o grupo de estudantes dos Estados Unidos, foi em 2014, quando representou a faculdade americana no primeiro Programa de Intercâmbio de Professores com a Universidade. Na época, sugeriu que fosse criado o estágio internacional “for-credit” de biotecnologia para estudantes de Santa Fe College, que se realiza agora pela primeira vez.

Maruniak trabalhou como pesquisadora na Universidade da Flórida por 22 anos antes de ingressar para a equipe do SFC em 2012. Ela é bacharel em biologia pela USP, com mestrado em genética de microorganismos e doutorado em genética molecular pela Unicamp.

“Um objetivo importante do Santa Fe College é a internacionalização dos nossos estudantes. A oportunidade de estágio internacional aqui no IBTEC da Unesp, no Brasil, país que eu levo sempre perto do coração, permite aos alunos conhecerem as diferentes aplicações científicas em biotecnologia e ao mesmo tempo perceberem que não existem fronteiras na ciência. Além de tudo isso, temos o conhecimento cultural gerado por essa interação, o que é inesquecível”, avaliou Maruniak.

O programa de estágio foi financiado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Os recursos permitiram à professora Maruniak, ao longo do ano passado, estabelecer contatos com os câmpus de Botucatu, Araraquara e Assis e fortalecer o intercâmbio entre as duas instituições.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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