Alunos de Psicologia da Uniara fazem análise documental sobre a violência LGBT repercutida na mídia
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Estudo foi realizado como Trabalho de Conclusão de Curso
Os alunos de Psicologia da Universidade de Araraquara – Uniara Ana Carolina Pereira de Souza, Lucas Mateus da Silva e Isabela dos Santos Rodrigues realizaram o estudo “A violência LGBT repercutida na mídia: uma análise documental” como Trabalho de Conclusão de Curso – TCC. A pesquisa foi orientada pela docente Rita Martins Godoy da Rocha.
“Procuramos identificar e analisar como a mídia aborda e noticia casos de violência referentes à comunidade LGBT. Nas conclusões, observamos que a violência ocorrida dentro das especificações da pesquisa se dava em maior parte referente a quatro aspectos: violência familiar, violência digital, violência e espacialidade (espaços físicos) e vulnerabilidade. Outro dado que nos deparamos foi a invisibilidade no que se diz respeito aos membros da sigla que não gays, visto que esses compuseram a maior parte das fontes, estudos e materiais que encontramos para a formulação do trabalho. Enquanto lésbicas, apesar de estarem incluídas em algumas fontes, ainda assim são uma parcela menor do conteúdo abordado. Em relação aos outros, pouco se foi sequer encontrado; até mesmo em artigos científicos, para que pudéssemos obter uma visão mais ampla a respeito. Portanto, se mostra como sendo uma lacuna de interesse como também de estudo. Por fim a invisibilidade de quem sofre a violência também é considerado um tipo de violência”, explica os estudantes.
Rita conta que “a pesquisa tem sua relevância ao compreender que o modo como se comunica sobre a violência pode visibilizar o tema, contribuindo com ações de prevenção e proteção a esses segmentos”. “No entanto, o estudo revela que, apesar dos números oficiais elevados de violência voltados às pessoas LGBTQIAPN+, tem-se uma baixa frequência em seu noticiamento. Além disso, identifica-se que apenas 10% das notícias apresentaram caráter informativo sobre como e onde as vítimas podem procurar ajuda nessas situações”, relata.
“A pesquisa evidencia a predominância de discursos sobre a violência familiar como significativo ponto de vulnerabilidade, a recorrência da violência em espaços públicos, além do aumento da violência digital em contexto pandêmico. Os resultados mostram ainda, a ênfase no ato violento, não singularizando as pessoas que vivenciam a violência quanto a sua nomeação de gênero, por exemplo, não delineiam se a pessoa é lésbica, gay, transexual, travesti, bissexual etc. Portanto, a pesquisa aponta a linguagem simbólica e midiática como importante instrumento de futuros estudos para o favorecimento das pessoas em situação de vulnerabilidade”, finaliza a orientadora.
Informações sobre o curso de Psicologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.
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