Alunos de Psicologia da Uniara pesquisam aspectos de como o dependente químico percebe a dinâmica de sua família
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TCC de Dayana dos Santos Amorim, Flávio Módolo Neto e Roberta Aparecida Ventrilho Kapp foi orientado pelo professor Alexandre Fachini
Os estudantes da graduação de Psicologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Dayana dos Santos Amorim, Flávio Módolo Neto e Roberta Aparecida Ventrilho Kapp, apresentaram o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC “Percepção do Dependente de Drogas sobre a Dinâmica das Relações Intrafamiliares: um Estudo Clínico-Qualitativo”, orientados pelo professor Alexandre Fachini.
“A pesquisa visa a compreender como o dependente de drogas percebe a dinâmica das relações familiares da sua própria família e possíveis desdobramentos dessa percepção sobre o seu comportamento relacionado ao uso de drogas. Observamos que, na literatura, há carência de pesquisas acerca da temática, e necessidade de estudos sob o olhar do usuário em sua relação familiar, como ele se percebe e percebe sua família a respeito da questão. Nota-se que esse público precisa de auxílio para lidar com isso, de modo que possa compreender melhor o seu ponto de vista e que, portanto, levantando esse conhecimento a partir do olhar do usuário, os atuais e futuros profissionais possam usar de subsídio para atender a demanda com mais qualidade”, explicam os alunos.
Eles contam que o estudo foi realizado a partir de entrevistas com oito pessoas com diagnóstico em dependência de drogas. “De forma geral, o dependente pareceu perceber, a partir da leitura da dinâmica das relações intrafamiliares de sua família de origem, sentimentos de solidão, de desacolhimento, de falta de comunicação e de frustração diante de uma desidealização da família associada à precariedade dos laços entre os entes familiares. Esses resultados sinalizam a complexidade de sentimentos e emoções experimentados pelo familiar dependente de drogas em sua própria dinâmica familiar e como percebem essas relações, compreendendo sempre que essas dinâmicas são um constructo de todos os integrantes. Pôde-se observar que, dentro dessas relações, esperavam ações idealizadas dessa família e, a fim de preencherem lacunas sentidas, utilizava-se a droga”, apontam.
A pesquisa permitiu, de acordo com os graduandos, aprofundar a compreensão de como os dependentes enxergam suas próprias realidades, “bem como o que os levou ao consumo de drogas”. “Além disso, foi de extrema importância reconhecer os aspectos subjetivos de cada entrevistado, bem como a singularidade e as experiências de vida associadas ao uso da droga. Essa perspectiva permitiu traçar um panorama da percepção do dependente de drogas acerca da dinâmica de sua família de origem e os aspectos potencialmente relevantes sobre seu comportamento do uso de drogas”, ressaltam Amorim, Neto e Kapp.
Fachini reforça que “os resultados do trabalho mostraram alguns aspectos de como o dependente de drogas percebe a dinâmica da sua família de origem”. “Em linhas gerais, a experiência sentida pelo dependente químico evidencia uma percepção de afetos negativos, de experiências ligadas ao desamparo e de um modelo de comunicação bastante comprometido. É importante destacar que se trata da realidade percebida e sentida pelo dependente de drogas no que se refere aos relacionamentos intrafamiliares, e não que essa seja a realidade de funcionamento dessa família. Ainda assim, esse dado evidencia a importância da família no tratamento de pacientes com dependência de drogas”, finaliza o orientador.
Informações sobre o curso de Psicologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.
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