Anitta diz ter sofrido para emplacar funk e não irá mais ao Rock in Rio
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A cantora vem sendo duramente criticada nas redes sociais por suas declarações para artistas que estiveram no festival
Um vídeo com um suspiro e três palavrinhas escritas na legenda foram suficientes para que Anitta, 29, virasse o centro das atenções nas redes sociais nesta segunda-feira (12). “De nada, galera. Disponham”, escreveu a cantora, no que muitos seguidores interpretaram como uma indireta para Ludmilla, 27.
No domingo (11), esta última fez um dos shows mais elogiados do Rock in Rio 2022. Em um dos momentos da apresentação, ela chamou outras funkeiras para dividirem o palco com ela e agradeceu a quem abriu caminho para ela. Já na música “Onda Diferente”, que já havia gerado um imbróglio entre as duas, ela cantou um trecho sem a voz da colega (diferente do que fez em “Radar”, na qual manteve a parte de Gloria Groove).
Por tudo isso, os internautas acharam que a frase de Anitta tinha endereço certo na colega de profissão. Porém, a cantora voltou às redes sociais para explicar que, na verdade, estava falando sobre a presença do funk de modo geral no Rock in Rio. Aliás, acabou sobrando para o evento, onde ela disse que “nunca mais vai pisar”.
Anitta respondeu a um fã que, de acordo com a cantora, interpretou o que ela queria dizer de forma mais assertiva que os demais. “Ela está respondendo ironicamente aos que são mal-agradecidos, porque, sim, foi a Anitta quem brigou para ter funk no Rock in Rio”, escreveu o rapaz.
“Exatamente isso que quis dizer”, afirmou a funkeira. “Não estou mandando indireta a ninguém especifico… Nunca fiz [isso]… não seria agora. Você traduziu perfeitamente, obrigada.”
Ela então passou a descrever por que acredita que abriu as portas para o ritmo no festival. “Só eu e minha equipe sabemos o que passamos numa guerra silenciosa com gente bem grande para conseguir o devido respeito para o funk”, afirmou.
Anitta disse ter ficado contente com o espaço conquistado pelo ritmo. “Hoje peguei o celular e vi quanto funk rolou nesse festival e fiquei feliz que toda aquela briga extremamente exaustiva não foi a toa”, contou. “Então, toda vez que eu ralar o edi na ostra por algo e ninguém [agradecer], eu (sempre e para sempre) [vou dizer]: de nada.”
“E quem quiser chamar de egocêntrica pode chamar”, continuou. “Me acho mesmo. Eu sei tudo que eu fiz e tenho o direito de honrar a mim mesma e vocês o direito de me achar uó.”
A outros seguidores, ela afirmou que não tem intenção de voltar a se apresentar no evento. “Se você acompanhasse meu trabalho, veria eu dizendo em entrevista que só fui ao RIR em Portugal porque sei que os portugueses estavam esperando há muito tempo e ficariam chateados se eu não fosse”, disse.
“Eu não piso neste festival nunca mais”, afirmou. “Só se um dia eles resolverem dar aos artistas que falam português o mesmo respeito que dão aos estrangeiros. Pergunte aos mais corajosos como são tratados quem é do Brasil e quem é de fora. É como se estivessem fazendo um grande favor por colocar a gente lá, e a gente que se humilhe a qualquer condição deles para dar tudo certo para os estrangeiros.”
A cantora ainda finalizou dizendo que se sente responsável por mudar um pouco isso. “Meu papel eu cumpri e estou feliz pelo fato de que eles tiveram que engolir o funk no fim das contas”, avaliou. “Só esperei o último dia para falar sobre porque sabia que ainda vinha muito mais funk do bom pela frente.”
“E, sim, vou sempre celebrar minha própria luta e esforço publicamente vocês queiram quer não. É importante para mim lembrar sempre da dor das minhas lutas para sentir que posso descansar em paz tendo cumprido meu papel. E, se você discorda, tudo certo também.”
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