Após 15 anos ex-petista é condenado na Lava Jato por receber Land Rover
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Após 15 anos ex-petista é condenado na Lava Jato por receber Land Rover
| IDNews® | São Paulo | Folhapress | Via Notícias ao Minuto |Brasil|
A compra de um Land Rover para Silvinho foi revelada em meio ao escândalo do mensalão, a pior crise do governo Lula, em 2005.
IDN – Lava Jato
Quinze anos depois de protagonizar um dos escândalos do governo Lula, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira foi condenado nesta segunda-feira (27) por receber um automóvel Land Rover de uma fornecedora da Petrobras, a GDK.
O juiz Luiz Bonat, responsável pela Lava Jato em Curitiba, sentenciou Silvio Pereira, conhecido como Silvinho, a quatro anos e cinco meses de prisão em regime inicialmente semiaberto pelo crime de corrupção passiva.
Também foram condenados por corrupção o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e César Roberto Oliveira, sócio-administrador da GDK.
Bonat, que substitui o ex-juiz Sergio Moro no posto, considerou que Silvinho pediu e recebeu vantagem indevida para influenciar a favor da fornecedora a licitação de módulo da unidade de tratamento de gás de Cacimbas, no Espírito Santo.
À época, era atribuída a ele a influência sobre a ocupação de milhares de cargos de livre nomeação no governo federal, incluindo os da Petrobras.
O ex-petista chegou a ser preso na Lava Jato em 2016, mas respondeu ao processo em liberdade. Ainda cabe recurso contra a condenação.
Na ação, ele também era acusado de lavagem de dinheiro por receber pagamentos da empreiteira OAS. Segundo o Ministério Público, o dinheiro seria para comprar seu silêncio sobre o mensalão petista. Essa parte da acusação foi rejeitada pelo magistrado.
A compra de um Land Rover para Silvinho foi revelada em meio ao escândalo do mensalão, a pior crise do governo Lula, em 2005.
O ex-petista firmou um acordo com o Ministério Público para não ser processado no mensalão em troca da prestação de serviços comunitários.
À Justiça a defesa do ex-secretário-geral afirmou que o automóvel era um presente sem qualquer relevância penal e que ele não possuía influência na nomeação de cargos no governo federal. Também negou que tenha havido irregularidade na licitação.