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Após criticar Dilma, vizinhos vão parar na delegacia


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Em reportagem de Mônica Bérgamo, na segunda página do caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo deste domingo (4), sob o título “O inimigo mora ao lado!”. A colunista descreve em detalhes a briga entre duas famílias de classe média alta, vizinhos de 30 anos no mesmo edifício do bairro Perdizes, São Paulo.

Segundo a reportagem, os vizinhos eram amigos até que os roubos do PT enfezaram as famílias do engenheiro-agrônomo, José Luiz Garcia, e da professora petista da Unicamp, Walquíria Leão Rego, em situações que acabaram levando todo mundo à delegacia.

O engenheiro agrônomo José Luiz Garcia, segundo consta na reportagem, fez um jornalzinho para provocar os vizinhos petistas. Suas manchetes: “José Dirceu, herói do PT, preso pela segunda vez” e “Lula, lobista dos empreiteiros”, foram o estopim para o conflito.

Segundo a socióloga, em 8 de março, no primeiro panelaço, o engenheiro antipetista não se contentou em bater panelas, segundo os petistas: “Ele passou minutos gritando, num grau de agressividade, de ódio: ‘Petistas filhos da puta, ladrões, corruptos'”.

Em 16 de agosto, o engenheiro estava com febre e não foi à passeata contra o governo na avenida Paulista. Mas quando encontrou os petistas no elevador, disparou: “Fora PT! Fora PT!”. E também: “Eu não respeito petista ladrão, corrupto, filho da puta”.

Foi então quando a briga degenerou e foi parar na delegacia. No fim do depoimento, um investigador, Arnaldo, da 23ºDP, se aproximou e disse: “Vocês vão me desculpar. Mas o PT é mesmo o partido mais corrupto da República”. Quando os petistas reclamaram, o investigador retrucou: “E qual é o problema de eu achar que a Dilma é uma filha da puta?”.

Walquíria reagiu: “O senhor é um agente do Estado”. E ele retorquiu: “E qual é o problema de eu achar que a Dilma é uma filha da puta?”.

Relatado em blogs, o desentendimento despertou solidariedade de professores e até do Ministério do Desenvolvimento Social ao casal –Walquíria é autora de um livro sobre o impacto do Bolsa Família na vida das mulheres que recebem o benefício.

Há dez dias, a professora voltou ao 23º DP com o advogado Marco Aurélio de Carvalho e o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) para pedir investigação criminal.

O policial que xingou Dilma Rousseff foi chamado por seus chefes e obrigado a se desculpar.

O engenheiro foi convicto e disse manter suas posições.

“Se eles querem que eu peça desculpas, eles não vão conseguir. Eu não sou culpado. Eu jamais vou pedir desculpas, entendeu? Jamais.”

Notícias em Minuto

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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