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Atitudes que fazem jus à nossa força


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Atitudes que fazem jus à nossa força
Como deputada, cobro constantemente que o poder público estadual aperfeiçoe suas políticas públicas para …

 01MAR2017| 10:00
 Assessoria Deputada Márcia Lia

Somos 51,4% da população brasileira; trabalhamos 7,5 horas a mais que os homens, semanalmente; somos arrimo de 37,3% das famílias; temos, reconhecidamente, inteligência emocional e versatilidade para lidar com as questões mais difíceis; formamos a maioria do eleitorado (em 2014, o Tribunal Superior Eleitoral tinha em seus registros 77.459.424 eleitoras diante de 68.247.598 eleitores do sexo masculino). Trazemos, dentro de nós, o milagre da vida.

 No entanto, ganhamos salários menores que os homens, invariavelmente; somos vítimas constantes de violência e pré-conceitos pejorativos por nossa cor, nossa condição social, ou uma roupa, um cabelo, uma tatuagem, enfim, uma escolha qualquer; somos assassinadas ‘sem rodeios’ e geralmente sem a chance de reação ou de fuga diante de nossos algozes.

 Muitas são as leis que nos defendem. Muitas são as lacunas da lei. Há, portanto, muito a fazer.

 Como deputada, cobro constantemente que o poder público estadual aperfeiçoe suas políticas públicas para torná-las mais eficazes no amparo de quem mais precisa.

 Nosso objetivo imediato é a formação de uma rede de proteção a mulheres vítimas de violência doméstica, uma demanda surgida das discussões que fizemos com a sociedade civil e organizada quando de audiências públicas para debater os 10 anos da Lei Maria da Penha, em 2016.

Ainda, legislação proposta por mim à Assembleia Legislativa dá às mulheres vítimas de violência doméstica a possibilidade de serem inseridas nos programas paulistas de construção de moradias. O projeto de lei 753/16 supre uma lacuna ao garantir um olhar especial do estado para a mulher que precisa se independer do agressor para deixar o círculo da violência em que é obrigada a conviver e a criar seus filhos.

 Nosso trabalho, no mandato, é manter constantes discussões sobre o empoderamento da mulher, dialogando com a sociedade, com os governos e com o legislativo para barrar retrocessos e todas as formas de violência; nosso objetivo é garantir conquistas. Aqui temos respeito às mulheres.

 Parece claro que a relação entre empoderamento, educação e redução das desigualdades que nos afetam no cotidiano é umbilical. E poder está diretamente ligado ao conhecer direitos e a não se conformar com pratos prontos temperados com formas sutis de submissão em uma sociedade que cria seus homens para dominarem e suas mulheres para sentirem-se inferiores. Buscar, questionar e agir são imperativos para as atitudes que fazem jus à nossa força.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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