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Bancada Evangélica quer espaço no governo Temer


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Bancada Evangélica quer espaço no governo Temer, os membros da bancada religosa atuam para combater projetos que pretendem ampliar direitos de homossexuais, expandir o aborto e promover a educação sexual nas escolas
10:18| 09/05/2016
Bancada Evangélica

Semanalmente deputados se reúnem em um dos auditórios do Congresso Nacional para o culto dos membros da Frente Parlamentar Evangélica (FPE).

Segundo o site Diário do Centro do Mundo, o grupo multipartidário reúne 92 deputados evangélicos, uma mistura de política e religião no Brasil.

A Frente pode até ser considerada como bloco homogêneo e tem mais membros que o PMDB, que tem 68 deputados. A publicação ressalta que a bancada existe desde 2003 e surgiu no início do governo Lula e, à época, afirmava reunir 58 deputados. O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), um dos membros, afirma que a formação foi uma reação “ao confronto ideológico do PT, que queria promover valores ateístas de esquerda”.

“Eles buscaram um confronto, e nós respondemos com a defesa dos valores cristãos”, afirmou. Além disso, ele destaca que a bancada está otimista com um eventual governo Michel Temer. “Esperamos que seja um governo com mais diálogo e menos viés ideológico”.

A legislatura da Câmara iniciou em 2015 e a frente recebeu incentivos de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um membro da Assembleia de Deus que comandou oficialmente a Casa e que agora foi afastado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Os membros da bancada religosa atuam para combater projetos que pretendem ampliar direitos de homossexuais, expandir o aborto e promover a educação sexual nas escolas.

A reportagem conversou com a professora de psicologia Bruna Suruagy, da Universidade Mackenzie. Segundo ela, que fez uma pesquisa sobre o tema, diversos assessores ligados à frente e a igrejas costumam pesquisar projetos que podem servir de alvos para os deputados.

“Eles identificam que algo ligado ao aborto, por exemplo, está tramitando em uma comissão. Aí acionam algum deputado evangélico que esteja na comissão para combater o projeto. Eles se veem como soldados de um exército”, afirma.

Suruagy destaca ainda que a bancada agiu nos últimos anos mais como uma articulação do “contra” para combater projetos progressistas, mas recentemente resolveu abordar pautas mais propositivas.

Atualmente dezenas de projetos de cunho conservador ligados aos deputados da frente estão tramitando no Congresso. Entre eles a aprovação do “Estatuto da Família”, o “Estatuto do Nascituro” e a PEC 99/2011. Os dois primeiros são projetos que centram na defesa da chamada “família tradicional” e no combate ao aborto, respectivamente.

A publicação recorda que, no ano passado, a frente já articulou a aprovação do aumento da isenção tributária para igrejas e permitiu a anistia de multas aplicadas pela Receita contra igrejas – o valor passava de 300 milhões de reais.

O deputado João Campos (PRB-GO), autor do projeto da “cura gay”, é quem preside a FPE.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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