Justiça

Barroso nega pedido de perito para afastar Moraes de inquérito sobre mensagens vazadas

O advogado Eduardo Kuntz alega que Moraes não poderia conduzir o inquérito “pelo seu nítido interesse na causa”


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, rejeitou nesta terça-feira, 27, o pedido da defesa do perito Eduardo Tagliaferro para afastar o ministro Alexandre de Moraes da investigação sobre o vazamento de mensagens do seu gabinete.

O advogado Eduardo Kuntz alega que o ministro não poderia conduzir o inquérito “pelo seu nítido interesse na causa”. Após a decisão de Barroso, o criminalista informou que vai recorrer para que o pedido seja julgado no plenário do STF.

Em sua decisão, Barroso afirmou que não ficou demonstrado, “de forma clara, objetiva e específica”, que Alexandre de Moraes está impedido para relatar a investigação.

“Os fatos narrados na petição inicial não caracterizam, minimamente, as situações legais que impossibilitariam o exercício da jurisdição pela autoridade arguida”, escreveu o presidente do STF.

A investigação sobre a divulgação dos diálogos foi associada ao inquérito das fake news, que investiga ataques, ofensas e ameaças aos ministros. Alexandre de Moraes justificou que o “vazamento deliberado de informações” pode estar associado a uma “atuação estruturada de uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas”.

Em seguida, o ministro determinou a reautuação do inquérito como petição, o que na avaliação da defesa do perito é uma estratégia para manter a investigação em seu gabinete.

Como mostrou a Coluna do Estadão, colegas do STF avaliam que Moraes deveria abrir mão da relatoria do caso para evitar desgastes ou questionamentos sobre sua atuação.

| IDNews®| Beto Fortunato | Via NBR | Estadão Conteúdo|

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *