Biografia mostra personalidade e determinação de Freddie Mercury
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Uma das grandes críticas ao atual cenário do rock é a falta de presença de palco, especialmente dos vocalistas. Sim, há grandes nomes, como Matthew Bellamy (Muse) e Jack White entre a nova geração. Mas se olharmos para os anos 1970, 1980, os nomes se multiplicam. E um dos grandes, tido por muita gente como o maior que já existiu no quesito “espetáculo”, é Freddie Mercury.
Laura Jackson, jornalista e autora de diversas biografias, resolveu contar a vida do líder do Queen no livro Freddie Mercury – A Biografia (ed. Record). Em quase 300 páginas, ela narra a história desde o pequeno Farrokh Bulsara, nascido no Zanzibar, até o consagrado Freddie, que encantou multidões por onde se apresentava com sua banda.
Freddie, como personagem, é ótimo. Persistente e determinado, ele tinha um objetivo: ser uma estrela do rock. E batalhou para isso. Quando o Queen já existia, com o nome de Smile e sem Mercury, o cantor já era amigo de Brian May e Roger Taylor. Outros amigos em comum, segundo a biografia, chegavam a achar Freddie Mercury um chato de tanto que ele insistia para entrar no Queen. Enquanto não conseguia, ficava na órbita dos outros integrantes e chegou a montar sua própria banda, que sbriu shows do Smile.
O livro vai fundo nas histórias que até então pareciam lendas. Uma festa com anões entregando cocaína em bandejas? Verdade. A autora entrevista diversos personagens que estiveram em festas do tipo e há até uma foto de Mercury autografando o corpo seminu de uma garçonete. Os excessos, para Freddie Mercury, faziam parte do espetáculo.
O texto não é de fácil leitura. A autora escolheu dar voz a muitos dos entrevistados com citações diretas. Ou seja: você está lendo a história e a biógrafa para seu texto para as respostas dos entrevistados. Isso deixa o texto cansativo e truncado. Curiosamente, conforme o Queen vai avançando em sua trajetória e se tornando uma grande banda, esse tipo de citação vai diminuindo e o texto se torna mais fluido. Talvez Laura tenha se preocupado demais de detalhar como tudo começou e mostrar que ouviu muita gente que viveu esse período. Conforme o Queen foi se tornando popular, a chancela que dá a voz de alguém que esteve lá se torna menos necessária – ninguém que conhece minimamente a cultura pop precisa que alguém explique o contexto de músicas como “Bohemian Rhapsody” ou “We Will Rock You”.
O livro ganha tensão quando narra o fim da vida de Mercury. Promíscuo e bon-vivant, Mercury vai ficando cada vez mais recluso conforme seus amigos vão morrendo de doenças causadas pela AIDS. O livro narra com detalhes o período em que Mercury, já sabendo da sua doença, tenta esconder de tudo e de todos a sua realidade até chegar num ponto em que as manchas na pele e o pouco peso denunciam a síndrome.
Freddie Mercury – A Biografia é para fãs do cantor, mas também para quem quer entender um pouco mais sobre o processo do Queen de se tornar uma das maiores bandas de rock do seu tempo.
Billboard